FRAIBURGO

17 março 2010

Marca de Amor

Uma pessoa muito querida da minha família me enviou esta mensagem que, pelo seu conteúdo e profundidade, não tenho o direito de guardá-la só para mim. Por isso eu a divido com todos vocês:
Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria do colégio.
A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:Que não poderia tirar o menino do colégio, e que conversaria com o menino e ele seria o ultimo a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás.O professor achou magnífica a ideia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o por quê daquela CICATRIZ. A turma concordou, e no dia o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:
- Sabe turma eu entendo vocês, na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:
- Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa minha mãe passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade... A turma estava em silencio atenta a tudo.O menino continuou: além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida. Silêncio total em sala. Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente... Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali, não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha, eu via minha mãe gritar:
- "Minha filhinha está lá dentro!" Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha... Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito... Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto... A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada, então o menino continuou:
Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda, e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é Marca de AMOR.Vários alunos choravam, sem saberem o que dizerem ou fazerem, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se.
Para você que leu esta história, queria dizer que o mundo está cheio de CICATRIZ. Não falo da CICATRIZ visível mas das cicatrizes que não se vêem, estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas, seja com palavras ou nossas ações.

07 março 2010

Comunicação na Era Digital - 4

Colaboração: Ariane Lúcia Guindani Publicitária - FAE - Curitiba-Pr

arianeguindani@gmail.com

Este é o último capítulo do artigo original Comunicação na Era Digital. Conforme lhes prometi, o mesmo foi publicado em 4 etapas.

4 - COMO AS EMPRESAS PODEM SE BENEFICIAR COM A WEB 2.0

Primeiramente, para destacar o benefício das empresas com a Web 2.0 é necessário fazer uma análise do cenário brasileiro. Uma pesquisa realizada recentemente pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) aponta que 98% das 5,1 milhões de empresas do Brasil se encaixam no grupo de micro e pequenas empresas, e a movimentação delas representa 20% do PIB nacional. A maior parte dessas empresas possui acesso às tecnologias, e cerca de 70% delas têm acesso à internet, porém ainda se restringem ao envio de e-mails, serviços bancários e compra de mercadorias. Ou seja, ainda há pouca ou praticamente nenhuma interação na Web. Vale ressaltar também que um dos índices que mais se destacam nesse cenário, é que apenas 18% das empresas desse segmento possuem sites próprios e 14% lojas virtuais, ou seja, poucas utilizam a Web como forma de promoção e divulgação, sendo que as ações on-line tendem ser mais acessíveis ao orçamento dos empreendedores. Entretanto, já existem empresas que abriram canais de comunicação com seus consumidores, utilizando o potencial das ferramentas digitais para alavancar a divulgação on-line direta de suas iniciativas e produtos ou serviços, através de blogs corporativos, além de comunidades nas redes sociais. Interação, é a marca da Web 2.0, evolução da internet que estimula o usuário a compartilhar conteúdos, sugerir comentários e levantar discussões. A mudança é grande tornando-se um paradigma e um desafio aos empreendedores, pois muitos não sabem como agir diante de tais situações por medo de errar, mas o raciocínio é simples: se o produto possui qualidade, metade do marketing já está sendo feito. Isso acontece em um mundo em que a informação anda com muito mais velocidade, por isso é importante ser verdadeiro e passar a imagem certa para que além do incentivo das vendas, ainda haja comentários para as possíveis melhorias do produto ou serviço em questão. É necessário aproveitar o momento para fazer o negócio crescer, o publicitário André Fernandes menciona em seu artigo “A importância da Web 2.0 no negócio das MPEs” dez dicas essenciais que ajudam neste processo: - Expanda sua consciência: estude iniciativas/projetos de sucesso. - Converse com jovens nascidos na era digital: trocar idéias com quem vive diariamente a Web 2.0 traz ótimas lições. - Comece a usar as ferramentas da Web 2.0: escreva um blog, poste vídeos no YouTube e fotos no Flickr, aprenda a usar o Twitter. - Fique de olho no comportamento de seu setor de negócios no mundo digital. - Reúna sua equipe e faça uma lista de possíveis formas de usar a Web 2.0 em seu negócio. Premie as melhores idéias. - Reexamine seus objetivos. - Crie estratégia própria para Web 2.0, pense em seu marketing. - Busque sua palavra-chave: seja autêntico, seja o melhor “você” possível. - Perca o medo de errar: aja! Mexa-se agora. Teste. Fracasse. Aprenda. Adapte-se. Repita. - Não se esqueça da paixão: ela é o melhor termômetro quando se está no caminho do sucesso. Diante destas dicas, faz-se necessário analisar dois pontos nas empresas: (i) se estas estão seguindo as dicas; (ii) e o ponto principal, se estas estão se beneficiando com a utilização da Web 2.0. Em setembro de 2009, a consultoria McKinsey publicou um estudo denominado “How companies are benefiting from Web 2.0: McKinsey Global Survey Results” (parte do relatório “McKinsey Quartely”). Cerca de 1.700 executivos foram entrevistados em todo o mundo sobre os benefícios percebidos das implementações de Web 2.0, e 69% afirmaram que de alguma forma, as suas empresas tiveram algum ganho com as iniciativas, e apesar da atual crise econômica, continuarão investir em Web 2.0. Durante a pesquisa, os maiores ganhos percebidos foram em relação ao aumento da velocidade de acesso à informação em que através dos benefícios da Intranet pode-se observar que foram reduzidos 20% nos custos de comunicação e viagem. Já no relacionamento com o cliente, houve um aumento de 20% na lealdade e satisfação. Pode-se observar também como as empresas estão utilizando a Web 2.0: Blogs, RSS (really simple syndication), microblogging, Wikis, vídeos, mash-ups. Dentre estes, os mais utilizados são o compartilhamento de vídeo e Bolgs, os quais 50% das empresas pesquisadas utilizam tais recursos. A seguir seguem a utilização de RSS, Redes Sociais e Wikis com 42%, 45%, e 39% das empresas pesquisadas respectivamente. Dentre os menos utilizados citam-se o Microblogging (e.g. Twitter) e os Mash-ups com 20% e 14% das empresas pesquisadas respectivamente. As áreas que mais tiram proveito da Web 2.0 são vendas e marketing, onde os executivos estão mais preocupados em utilizar as ferramentas para melhorias internas na organização, em contraponto vendas que tem o foco no cliente externo. Abaixo o porcentual de empresas que perceberam pelo menos um benefício mensurável ao utilizar as tecnologias da Web 2.0: - Uso da tecnologia para ganhos na organização: Índia: 64% América do Norte: 62% Europa: 58% Ásia-Pacífico: 57% América Latina: 55% - Uso da tecnologia para ganhos no relacionamento com consumidores: Índia: 46% América do Norte: 54% Europa: 45% Ásia-Pacífico: 47% América Latina: 47% - Uso da tecnologia para ganhos no relacionamento com parceiros/fornecedores: Índia: 43% América do Norte: 36% Europa: 35% Ásia-Pacífico: 36% América Latina: 36% Fazendo uma análise dos resultados, observa-se que nos países que estão mais adiantados em relação à utilização da Web 2.0 ainda há 30% que não obteve ganho, sendo assim, conclui-se que as empresas ainda não sabem como extrair benefícios da tecnologia e há um excelente nicho de mercado a ser explorado. Seguindo este exemplo, há três empresas brasileiras que no ano de 2009 aparentam não ter entendido o conceito da forma correta. Como referência de êxito, no site da empresa Amazon os produtos podem ser comentados pelos consumidores e avaliados por eles, um comportamento relacionado com as premissas da Web 2.0 haja vista que há conteúdo gerado pelo usuário e criação de espaços de comunicação e interação entre as pessoas. A utilização de alguns princípios implicou em uma série de benefícios para a empresa. Porém, isso não acontece nos três exemplos brasileiros de lojas de varejo: - Casas Bahia: Maior varejista do Brasil iniciou a interação com a Web apenas em 2009, site no qual não há nenhum recurso que passe perto da possibilidade de avaliar um produto ou fazer comentários, apenas enviar e-mail com o link do produto. - Magazine Luiza: O pioneiro do comércio eletrônico no Brasil, também há apenas a possibilidade de enviar um e-mail a alguém com um link do produto. Não há interação. - Submarino: A empresa que é sinônimo de vendas pela Web no país parece ser a única que oferece esta funcionalidade, embora pouco explorada. Ao final das páginas dos produtos, é possível avaliar o produto e colocar uma opinião sobre ele. Mas não há destaque a esta ferramenta e não há incentivo para que seja usada. Talvez por conseqüência da má interpretação do conceito da Web 2.0, muitas empresas não estão sabendo usar a interatividade como diferencial competitivo. Este conceito pode ser vantajoso para as empresas que a utilizem, tendo em vista que a partir do momento em que ela está na Web ela está disponível para o mundo todo (virtualização de mercado). Neste novo espaço reconhecer a opinião do consumidor e saber utilizar deste benefício para melhorar os serviços oferecidos ainda é um ramo que poucos exploram, e que muitas empresas deixam de utilizar. A Web 2.0 é uma ferramenta prática, na qual as estratégias são traçadas conforme o orçamento do empreendimento, e quando bem utilizada, traz retornos positivos para qualquer empresa de qualquer segmento.

Sustentabilidade

O modelo econômico atual aliado a crescente expansão da população mundial e ao aumento da expectativa de vida da população resultou na necessidade cada vez maior da sociedade atual de requerer matéria-prima e energia para suprir a demanda da sociedade de consumo está resultando na exploração desordenada dos recursos naturais do planeta sem as devidas preocupações com a sustentabilidade. O modelo econômico impôs a sociedade mundial à fórmula do consumismo total, onde consumir era mais importante do que poupar, preservar e esgotar os recursos disponíveis, porque o homem sempre soube criar e se defender das crises. Esqueceu-se porém que os recursos da natureza também são esgotáveis e que sem eles o homem ficaria impedido de se defender. Sob a ótica da economia ambiental pode-se assumir que os bens e serviços económicos, de forma geral, utilizam os recursos naturais e causam impacto sobre a capacidade assimilativa acima do seu potencial de regeneração. Os problemas gerados por esta atitude estão cada dia mais se agravando e somente agora, através dos órgãos não-governamentais, por pressões iniciadas na década de 70 em Roma, estão sendo levantados e colocados abertamente à população de todo o mundo na expectativa de que uma tomada de consciência ecológica terá a possibilidade de reverter o quadro caótico resultante da degradação e da destruição dos ecossistemas. Atualmente a sociedade já não aceita mais produtos ecologicamente incorretos. Isto força a atividade econômica mundial buscar novas tecnologias que permitam fabricar produtos que aos olhos do consumidor sejam mais atraentes e baratos, com qualidade e que todas as matérias primas utilizadas e em todos os processos produtivos respeitem a ecologia, possibilitando assim diferenciar-se daqueles produzidos por seus concorrentes e suprindo desta maneira suas necessidades de lucros.