FRAIBURGO

30 dezembro 2017

Um descaso irresponsável!

Minha família é usuária frequente dos serviços da Rodoviária de Lebon Régis, que é ocasionado especialmente porque Fraiburgo não faz mais parte da passagem de ônibus para os grandes centros do país no horário das 19:30 horas.

Ontem, enquanto aguardava a chegada do veículo com destino a São Paulo, fiquei indignado ao observar o descaso que temos que enfrentar naquele estabelecimento público.

Não bastasse o valor absurdo das passagens dos ônibus, nele também estão embutidos valores para custeio das instalações públicas que são utilizadas pelo grande contingente de usuários da região, conforme determina a legislação vigente e de acordo com as normas do DETER – Departamento de Transportes e Terminais de Santa Catarina. Onde estão sendo aplicados estes valores?

Iluminação quase que inexistente, sujeira, mau cheiro, buracos e poças d´água na canaleta destinada aos veículos (molhando e sujando os passageiros que ali estão aguardando para viajar), goteiras, cocô de animais (pássaros, gatos, cachorros, ratos, etc.), banheiros com utilização impossível enfim, sem nenhuma infraestrutura que possa se dizer digna de uso pelos passageiros e acompanhantes.

Esse descaso vem há muito tempo. Deixar uma pessoa ali, sem acompanhamento, é um perigo: “de vida”, “de contrair uma doença”, “de ser mordida por um animal”, “de ser atingida pelos excrementos de pássaros”, “de ser atingida pela água ou lama que brotam dos inúmeros buracos”, etc. 

Está mais do que na hora de uma providência.

Um grande abraço e bom final de semana a todos.

Ari

Vejam as fotos do local:














08 dezembro 2017

Neto da Chape! Sua Fé o Salvou

Acabo de ler o livro “POSSO CRER NO AMANHÔ escrito pelo jogador NETO (Hélio Hermito Zampier Neto), da Chapecoense, editado pela Editora Vida, São Paulo – Sp - 2017 – 176 páginas.

Com contracapa escrita pelo zagueiro do Roma Leandro Castán o livro relata os momentos terríveis por ele vividos no Morro Gordo, perto de Medelín na Colômbia, naquele fatídico 29 de novembro de 2016 na queda do avião da LAMIA, quando se aproximava para pousar no Aeroporto Internacional José María Córdova.

No acidente morreram 71 das 77 pessoas que embarcaram no avião. Sobreviveram três jogadores, dois tripulantes e um jornalista.

“A vida é feita de tempos, e tempos de conquistas e derrotas. O segundo tempo não pode ser desperdiçado”! “Deus sempre estava comigo. Ele não me abandonou em nenhum instante”.

Com depoimentos consistentes de sua esposa Simone, do Pastor Carlos da Igreja Batista Central em Santos – SP, dos médicos que assistiram o jogador, fica-se pensando no poder de Deus.

Numa narrativa que vai crescendo em emoção e intercalada com testemunhos das pessoas próximas e de passagens e reflexões bíblicas, Neto nos faz reavaliar nossos propósitos na vida e as nossas prioridades. Segundo o autor e seus médicos, a sua fé o salvou.

Posso Crer no Amanhã é um bom livro para ler nos dias atuais.

Um grande abraço e bom final de semana a todos.


Ari

05 dezembro 2017

O estranho caso de miss McCarthy !

A invenção restritiva do ‘lugar de fala’ é apenas uma bobagem universitária, que só pode servir para restringir nossa liberdade de expressão.

Quando minha filha me mostrou revoltada o vídeo no celular, achei que podia ser uma brincadeira de mau gosto, um desses programas de youtubers que gostam de agredir o politicamente correto. Um Porta dos Fundos infeliz. Mas depois entendi que se tratava mesmo de um post de alguém que tinha o hábito de frequentar a internet com esse tipo de intervenção imbecil, em relação a qualquer assunto que fosse capaz de ferir o próximo. Um praticante gratuito de um certo exibicionismo sadomasoquista.

No vídeo, uma moça feia, meio gordinha, com cabelos cortados em franjas de um jeito bem antigo, lábios viperinos que tentavam impedir os dentes de pularem fora e um sorriso sequestrado pelo pescoço grosso, dizia, através de palavras mal mastigadas, coisas horríveis sobre Titi, de 4 anos, filha adotiva do casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, astros de nossa televisão. Titi, vi depois seu retrato na imprensa, é uma criança graciosa, que os pais adotivos conheceram num país africano. A menina é, portanto, negra, a razão dos desvarios da moça na internet.

A moça em questão se chama Dayane Alcântara Couto de Andrade, mas se manifesta nas redes sociais com o pseudônimo de Day McCarthy, como se fosse uma cidadã americana que mora no Canadá. Aos jornalistas que recebeu com entusiasmo, miss McCarthy afirmou que faz sempre esse tipo de publicação nas redes, para se vingar de quando, desde sua tenra infância, era vítima de bullying na escola, de colegas que a chamavam de pobre, gorda e feia. Dayane disse no jornal que já nasceu “com pensamento racista”. “As pessoas me chamavam de macaca”, disse ela, “porque diziam que eu era preta e tinha o nariz de Michael Jackson”.

Miss McCarthy está, em primeiro lugar, se “limpando” da cor que atribuíram a ela na infância. Quem chama uma menininha negra de macaca, é porque quer ter e dar a certeza de que não compartilha com ela a cor que despreza e lhe envergonha. É como se estivesse dizendo a seus colegas de escola, agora crescidos e usuários da internet, que não é negra como eles pensavam. Tanto que está tomando a iniciativa de humilhar e tratar de macaca uma negra de verdade. E nós ficamos de queixo caído, sem entender de que fundo de cultura preconceituosa miss McCarthy tirou esse ódio racial.

Ao mesmo tempo em que procurava “se limpar” junto aos internautas que identificou a seus colegas de escola, Dayane urdia também uma vingança contra o sucesso de Giovanna e Bruno. Um sucesso com que provavelmente sempre sonhou para ela mesma e nunca conseguiu obter. Um casal jovem, louro, bonito, famoso e rico como aquele deve ter despertado nela um desejo insuportável, o retorno de um sonho recorrente que a levou a postar na internet as besteiras que posta com constância e dedicação. A participação de miss McCarthy nas redes sociais não pode ter como objetivo único senão a conquista do universo, do amor de todos por seu talento e beleza. Como não terá nada disso nunca, só lhe resta tentar destruir quem o tem.

O sadomasoquismo racista que usa a humilhação dos negros como instrumento de afirmação tem, particularmente no Brasil, força semelhante ao ódio social provocado pela frustração do projeto de ascensão social. Embora sejam quase 60% de nossa população, os afro-brasileiros ainda são tratados como “minoria”. O papel sociocultural dado ao negro no Brasil de hoje, depois de tanto progresso democrático no país, é certamente menos protagonista, inferior até ao que já foi recentemente. E, por mais terrível que isso seja, parece contaminar a indignação justa de pensadores e artistas de origem afro-brasileira.

Enquanto Day McCarthy exibe seu racismo ignóbil na internet, alguns militantes negros condenam, por exemplo, o filme “Vazante”, de Daniela Thomas, porque se passa na época da escravidão, sem que os escravos sejam seus protagonistas; ou a exposição “Pourquoi pas?”, em que a artista negra Alexandra Loras recria cor e traços negróides em retratos de celebridades brancas. Daniela e Alexandra não têm o direito de fazer seus filmes e quadros porque são brancas ou negras; mas porque são artistas e, antes de tudo, seres humanos que têm o direito de se expressar como bem entender, se não forem injustamente agressivas, nem humilhem o objeto de suas obras. A invenção restritiva do “lugar de fala” é apenas uma bobagem universitária, que só pode servir para restringir nossa liberdade de expressão. Todos têm o direito de falar sobre tudo.

É preciso citar sempre o grande Joaquim Nabuco. Ele escreveu que a escravidão tinha sido um mal tão profundo, que o Brasil, mesmo depois da Abolição, ainda ia levar muito tempo para se livrar do que ela nos impôs, de sua sombra. Não está dando outra.
(Fonte: OGLOBO.GLOBO.COM - Cacá Diegues - Sergyo Vitro via Twitter)

Um grande abraço a todos.

Ari

03 dezembro 2017

A escola e a faculdade estão com os dias contados

Os dias dos doze anos de educação básica e dos quatro anos de universidade já demonstraram não ser o método mais eficaz de aprender.

O ovo está chocando aos poucos. Cada vez mais pessoas estão se tornando conscientes da perda colossal de dinheiro, o desperdício trágico do tempo dos jovens e a imposição cruel de estresse e ansiedade produzidos pelo nosso sistema educacional coercivo.

As crianças chegam ao mundo biologicamente programadas para se autoeducarem. Essa curiosidade, diversão e obstinação foram moldadas pela seleção natural para servir a função da educação. Então o que fazemos? A um custo alto (cerca de US$ 15 mil por criança ao ano na educação básica pública), mandamos as crianças para escolas que impedem deliberadamente os seus instintos educativos – isto é, reprimem a sua curiosidade, diversão, sociabilização e obstinação – e então, com grandes prejuízos e dificuldades, tentam educá-las de modo muito ineficiente e ineficaz por meio de sistemas de recompensas e punições que se apoiam em arrogância, vergonha e medo. 

Pesquisas mostram que com gastos muito menores, e com prazer em lugar de sofrimento, podemos facilitar, em vez reprimir, os modos naturais das crianças e adolescentes se autoeducarem com resultados excelentes. Cada vez mais famílias estão se tornando conscientes disso e estão buscando meios de retirar as suas crianças da escola obrigatória em favor da Educação Autônoma. 

A maior parte dos meus trabalhos anteriores sobre educação se referem aos anos a que infelizmente nos referimos como educação básica (como se a educação fosse uma coisa escalonável em que a aprendizagem é organizada como uma linha de produção). Eu escrevi sobre como banir o sistema de séries e deixar as crianças fazerem e aprenderem o que lhes interessar a qualquer momento, em ambientes de faixas etárias mistas, funciona tão bem em escolas como a Sudbury Valley e muitos outros ambientes que foram desenvolvidos para facilitar a Educação Autônoma. 

Mas e aqueles anos de educação que chamamos de “ensino superior”, principalmente os quatro anos de graduação? Muitos jovens, devido à pressão familiar e social, também veem isso como algo essencialmente obrigatório. Para eles, a universidade é apenas uma continuação do ensino médio – os anos 4, 5, 6 e 7. E esses anos de ensino são muito mais caros do que os anteriores, um custo que geralmente deve ser pago pelos pais ou por meio de financiamentos que podem sobrecarregar uma pessoa por décadas. Além disso, há cada vez mais evidências de que se aprende muito pouco durante esses anos. 

Fundamentalmente, a universidade é um sistema de discriminação aprovado socialmente. É assim que um professor universitário, Shamus Khan, que é crítico da iniciativa da qual ele faz parte, descreve: 

Eu faço parte de uma fábrica de credenciamento (...) As universidades aceitam americanos que já têm vantagens. Elas não pedem que eles façam muita coisa ou que aprendam muito. Ao final dos quatro anos, damos um certificado a eles. Esse certificado lhes garante salários mais altos. As universidades ajudam a obscurecer a qualidade aristocrática da vida americana. Elas fazem isso convertendo direitos inatos (que todos nós acreditamos ser injustos) em credenciais (que parecem ser mérito).

Estudos recentes documentaram a escassez de aprendizagem real que acontece durante os anos de graduação. Devido ao modo como é estruturado, o ensino superior é uma commodity em que as pessoas tentam obter o mínimo possível com o seu dinheiro. Isso já acontecia quando eu estava na graduação, décadas atrás, e é ainda mais presente hoje. Pesquisas indicam que o tempo médio de estudo por semana para estudantes universitários diminuiu de cerca de 25 horas em 1960 para cerca de 12 horas hoje, e os estudantes continuam evitando cursos que exigem produção de trabalhos originais ou muitas horas de leitura. 

A administração das universidades argumenta há muito tempo que o maior benefício da universidade é um ganho em pensamento crítico, mas estudos sistemáticos mostram que tais ganhos são na verdade muito pequenos, e para aproximadamente 45% dos estudantes eles são inexistentes.  Até agora eu não consegui encontrar nenhuma evidência de que o pensamento crítico melhora ao longo dos quatro anos de graduação em um nível maior do que ocorreria, nas mesmas pessoas ou em pessoas com perfis similares, se passassem esses quatro anos fazendo outras coisas. 

Em uma pesquisa recente, realizada pela PayScale Inc., 50% dos empregadores reclamaram que os graduados que eles contratam não estão preparados para o ambiente de trabalho, e o motivo principal apontado por eles é falta de habilidades de pensamento crítico. Os meios falhos de aprendizagem, que são endêmicos no ensino médio e envolvem pouco ou nenhum pensamento crítico, são cada vez mais adotados também nas universidades. Minhas observações sugerem que o pensamento crítico cresce principalmente por meio da busca pelos interesses próprios do indivíduo e pelo envolvimento em diálogos sérios e automotivados com outras pessoas que compartilham esses interesses, e não pelas práticas padrão de sala de aula. 

Não sei como ou quão rápido a mudança ocorrerá, mas acredito que os dias da educação básica de doze anos e dos quatro anos de universidade estão contados e a sanidade começará a prevalecer no meio educacional. Eu enxergo um futuro com algo como a abordagem de três fases de educação a seguir: 

Fase I - Descoberta

Os primeiros quinze a dezoito anos de vida de uma pessoa são idealmente, nessa perspectiva, anos de exploração autodirecionada e diversão em que os jovens aprendem sobre o mundo ao seu redor, tentam modos diferentes de estar nesse mundo, desenvolvem e correm atrás de interesses passionais, e criam pelo menos um plano de como poderão se sustentar como adultos independentes. 

É isso que já acontece com jovens autodidatas em escolas ou centros de aprendizagem voltados para Educação Autônoma ou ambientes de Educação Autônoma de base doméstica e comunitária (geralmente chamados de “desescolarização”). Na minha visão para o futuro, centros de aprendizagem e recreação financiados publicamente permitirão que todo mundo, independentemente da sua renda familiar, possa se autoeducar desses modos. 

Fase II - Explorando um plano de carreira 

Um dos diversos problemas com o nosso sistema educacional atual é que, mesmo depois de dezessete anos de ensino, incluindo a graduação, os estudantes têm pouco conhecimento sobre carreiras em potencial. A única vocação adulta que eles presenciaram de perto é a de professores. Um estudante pode ter decidido, por algum motivo (talvez porque pareça prestigioso), se tornar médico, ou advogado, ou cientista, ou executivo, mas esse estudante sabe pouco sobre o que significa ser essas coisas. 

No sistema de educação racional que eu tenho em mente, os estudantes passariam tempo trabalhando em ambientes reais que ofereçam uma ideia do que uma carreira exige antes de buscarem formação especializada para essa carreira. Por exemplo, uma pessoa interessada em se tornar médico pode trabalhar em um hospital por um período, talvez como ordenado ou assistente. Talvez esse possa ser um programa de aprendiz oficial, com um pouco de estudo como parte do programa, ou talvez possa ser só um trabalho comum. 

Assim, essa pessoa pode observar e interagir com médicos na sua prática e ter experiências reais de como é ser médico, o que permitiria que pudesse tomar uma decisão informada sobre isso como um plano de carreira. Será que eu gosto de ficar em hospitais e perto de pessoas doentes? Será que eu tenho o tipo de compaixão e força moral, além de habilidades de raciocínio, exigidas para ser um bom médico? Se a resposta for não, é hora de experimentar um plano de carreira diferente. 

O mesmo acontece para qualquer outra carreira. Uma pessoa interessada em direito pode trabalhar em um escritório de advocacia; uma pessoa interessada em se tornar cientista pode trabalhar como assistente de laboratório ou de campo; uma pessoa interessada em se tornar engenheiro pode trabalhar como aprendiz de engenharia. Desse modo, eles poderiam aprofundar a sua educação e ganhar experiência prática enquanto obtém alguma renda, em vez de acumular dívidas. Durante o processo, a pessoa poderia conhecer e ser reconhecida por profissionais na área da sua carreira em potencial, que poderiam escrever cartas de recomendação que ajudariam na sua candidatura a formação ou progresso na área em questão. 

Muitas empresas, reconhecendo que o ensino universitário típico não prepara as pessoas para o seu tipo de trabalho, já oferecem programas de aprendiz. De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, o número de programas de aprendiz disponíveis nos Estados Unidos cresceu de cerca de 350 mil em 2011 para cerca de 450 mil em 2015, e continua a crescer. Por exemplo, a BMW tem um programa de aprendiz em Spartanburg, Carolina do Sul, para treinamento de engenheiros, e pelo menos uma empresa de seguros comerciais oferece programas de aprendiz em ajuste e subscrição de créditos – empregos que anteriormente exigiam um diploma de ensino superior. 

Fase III - Tornar-se credenciado para trabalho especializado

Para muitos tipos de trabalho, é essencial se certificar que as pessoas desempenhando a função saibam o que estão fazendo. Esses são os trabalhos em que talvez seja essencial uma formação especializada, guiada por especialistas e avaliada por testes rigorosos. Antes de contratar um cirurgião, dentista, advogado, eletricista ou encanador, preciso ter certeza de que aquela pessoa foi credenciada e licenciada por meios que incluem provas de competência. Essa é a única fase do sistema educacional em que provas deveriam ser essenciais. Tal credenciamento pode, em alguns casos, ser parte de um programa de aprendiz, ou em outros casos pode ocorrer em escolas de formação profissional, como escolas de medicina, engenharia ou outras vocações. 

Então, uma jovem que explorou uma carreira médica trabalhando como assistente pode, em algum momento, se inscrever para uma escola de medicina. No processo de admissão, ela pode ter que apresentar evidências de que tem consciência da sua escolha e se preparou adequadamente para iniciar essa formação; e então, no final, ela teria que provar competência na especialidade médica que escolheu. 

Acredito que com esse sistema teremos muito menos médicos, advogados, executivos e outros profissionais infelizes, e muito mais profissionais felizes. 

Eu descrevi tudo isso como uma visão para o futuro, mas é um futuro que já está se tornando realidade. Como eu disse, cada vez mais famílias estão encontrando alternativas para a educação básica tradicional, e cada vez mais empresas estão descobrindo que preferem treinar seus empregados, por meio de programas de aprendiz ou por outros meios, do que confiar em diplomas universitários como provas de competência. Os números ainda são pequenos, mas estão aumentando. 

O que acontecerá, nesse cenário, com as instituições educacionais que temos atualmente? 

As escolas com séries tradicionais desaparecerão aos poucos, sendo substituídas por centros de aprendizagem com faixas etárias mistas que apoiam a Educação Autônoma. As universidades permanecerão, com financiamento público como centros de pesquisa e bolsas de estudos. Elas não matricularão os “estudantes” do modo como pensamos hoje, mas, assim como outras instituições, terão assistentes e aprendizes, alguns dos quais seguirão, por experiências e interesses, para se tornarem cientistas e acadêmicos. Faculdades comunitárias, que já oferecem formação útil e prática para uma variedade de carreiras a custos relativamente baixos, podem crescer e se tornar parte de um sistema de aprendizes em expansão que envolve alguma formação teórica relacionada a um emprego em potencial. 

(Fonte: Gazeta do Povo. Peter Gray, Ph.D., professor e pesquisador na Boston College, é autor de “Free to Learn”. Publicado originalmente no site da FEE. Tradução: Andressa Muniz)

Um grande abraço e bom final de semana.

Ari 

13 novembro 2017

Aula Juri

No último sábado, dia 11, estive participando de uma aula nas dependências do Forum da cidade de Caçador onde, sob a direção do Prof. Ricardo Emilio Zart, os alunos da sétima fase de Direito da Uniarp daquela cidade estiveram apresentando a simulação de um júri.

A aula-juri teve a duração de 6 horas e 15 minutos e a disposição dos alunos foi tamanha que me pareceu estar participando de um júri oficial. 

Tratava-se de julgar (simuladamente) a denúncia contra um cidadão, que na anos na época dos fatos (22/06/2009) tinha 39 anos de idade e que em um estabelecimento comercial (bar) no centro da cidade de Caçador,  desferiu violento golpe de faca contra uma vítima de 18 anos, atingindo-o na região abdominal. 

Particupantes - Aula Juri Simulado - Uniarp Caçador
Surpreendeu-me a maneira como os alunos incorporaram os personagens extraídos desse caso real do juizado da Comarca de Caçador. O acusado, a testemunha do fato, o juiz, as 3 promotoras, os 2 advogados e 1 advogada de defesa, os oficiais de justiça, as policiais, os meirinhos e as demais pessoas que um tribunal do juri envolve, estavam perfeitamente caracterizadas e impecáveis.


Prof. Jociane Machiavelli Oufella e Ivonete Moreira - prestigiando o evento. 
Foi uma boa aula de direito penal que procurarei aproveitar em meus estudos daqui para a frente. Espero, junto com meus colegas, poder atingir esta capacidade de atuação e aprendizado aqui em Fraiburgo, pois em breve nosso curso deverá desenvolver esta atividade. Aprendi bastante com o evento. Parabéns a todos os envolvidos.

Uma boa semana e sucesso a todos.

Ari

03 novembro 2017

Estatuto do Nascituro!

Após quatro anos de espera, o Estatuto do Nascituro (PL 478/07) volta a tramitar na Câmara dos Deputados e chega agora até a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, tendo como relator o deputado federal Diego Garcia (PHS-PR). Garcia é conhecido por seu engajamento em questões de defesa da família e da vida, sendo previsível, portanto, que relatório final será pela aprovação do projeto.

A comissão irá analisar agora o texto do projeto, o texto dos projetos apensados, o texto substitutivo aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, de 2010, e uma emenda apresentada pela Comissão de Finanças e Tributação, em 2013. A partir disso, se aprovado, o projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça e, por fim, segue para o Plenário.

O próprio Garcia já declarou que considera urgente a votação do projeto, já que ele tramita há 10 anos na casa. Outro agravante são as recentes afrontas ao direito do nascituro.  O PL 478/07 diz que o nascituro adquire personalidade jurídica ao nascer com vida, mas que a sua natureza humana é reconhecida desde a concepção e isso lhe confere a proteção jurídica, por meio do estatuto, da lei civil e penal.

As características propostas pelo estatuto asseguram ao nascituro o direito à vida, à saúde, ao desenvolvimento, à alimentação, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à família. O texto também indica que o bebê em gestação deve ser colocado à salvo de qualquer tipo de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, e determina que o nascituro deva ser destinatário de políticas sociais que permitam seu desenvolvimento sadio e harmonioso, e o seu nascimento, em condições dignas de existência.

O projeto de lei já foi alvo de campanhas de difamação quando tramitou em outras comissões. Em 2013, ano em que o texto com alterações foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação, grupos em defesa da legalização do aborto organizaram manifestações na mídia e nas redes sociais para espalhar o boato de que o projeto criaria o que foi chamado de “Bolsa Estupro”, vinculando-o à violência sexual. A estratégia, contudo, usava trechos distorcidos de uma primeira versão do texto, descartada logo no início da tramitação e que não foi a versão aprovada nas duas comissões pelas quais o texto já passou. (Fonte: Angélica Fravreto - http://www.semprefamilia.com.br/).

Um grande abraço a todos.

Ari

02 novembro 2017

França quer tirar cruz da estátua de João Paulo II

A cruz de uma estátua dedicada à João Paulo II, instalada em 2006 numa cidade da França, tornou-se a mais recente prova do quanto a radicalização do laicismo francês pode ser insensato. Trata-se de uma ação judicial que corre desde que o monumento foi inaugurado e sobre a qual uma nova e polêmica decisão foi tomada na semana passada.

Fonte: Divulgação Internet
O Conselho de Estado da França, um tribunal relacionado à justiça administrativa no país, decidiu que a cruz que é parte integrante da estátua do papa polonês, localizada na pequena cidade de Ploërmel, no oeste da França, deve ser retirada por violar a legislação de 1905 que decreta a separação entre Igreja e Estado. Ou seja, a figura do papa pode ficar – ainda que o próprio papa também seja um símbolo evidente do cristianismo – mas cruz tem que sair.

Pode parecer apenas uma decisão estúpida, mas abre um precedente perigoso que de certa forma criminaliza os símbolos do cristianismo. Analistas católicos da Europa têm alertado para o fato de que, a partir dela, todas as cruzes instaladas em espaços públicos da França, mesmo que tenham uma ligação óbvia com a história ou cultura do país, estão sujeitas à remoção por “ofenderem o laicismo francês”, com base numa interpretação radicalizada de uma lei que tem mais de cem anos.

A decisão determina que a cidade de Ploërmel retire a cruz dentro do prazo de seis meses. O prefeito Patrick Le Diffon, contudo, declarou à agência de notícias France Press que pretende recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos contra a decisão. “A estátua faz parte da paisagem de Ploërmel há 12 anos, e não prejudica em nada aos habitantes. Pelo contrário, é algo turístico para a comunidade”, disse Le Diffon.

Após tomar ciência da bizarra decisão do tribunal francês, a primeira-ministra da Polônia, Beata Szydlo, reagiu e afirmou que a Polônia, terra-natal de João Paulo II, se oferece para ficar com a estátua, caso o governo francês e a comunidade local concordem. Em declaração à agência polonesa PAP, Beata qualificou a decisão como uma forma de censura ao cristianismo e que “a secularização estatal dá espaço a valores estranhos à nossa cultura e conduz ao terror a vida cotidiana dos europeus”.

Ela lembrou ainda que o próprio João Paulo II já havia advertido que a democracia sem valores conduz ao totalitarismo e afirmou que o papa, “um grande polonês e um grande europeu”, é um símbolo da Europa unida e cristã. (Fonte:  Jônatas Dias Lima - http://www.semprefamilia.com.br).

Um grande abraço a todos.

Ari

Por que a Rússia vendeu o Alasca aos Estados Unidos II

Os novos funcionários foram nomeados com salários astronômicos. Oficiais subalternos recebiam 1.500 rublos por ano (comparáveis aos salários de ministros e senadores) e o chefe da companhia, 150.000 rublos. Por outro lado, os preços das peles compradas pela população local foram reduzidos pela metade.
Ao longo dos 20 anos seguintes, os esquimós e aleutas quase exterminaram as lontras, privando o Alasca do seu recurso mais lucrativo. Os nativos caíram na miséria e iniciaram revoltas que foram reprimidas por bombardeios costeiros de navios de guerra russos. Enquanto isso, os oficiais tentavam encontrar outras fontes de renda.
O comércio de gelo e chá foi uma das alternativas assumidas, porém, os comerciantes não conseguiram organizar o negócio de maneira sensata. A CRA acabou sendo transferida para o orçamento federal e recebia 200 mil rublos por ano, mas nem isso foi suficiente para salvá-la.
Nesse mesmo período, teve início a Guerra da Crimeia, na qual Rússia combateu forças da Inglaterra, França e Turquia. Logo ficou claro que ao país não seria capaz de manter ou defender o Alasca, já que as rotas marítimas eram controladas por embarcações aliadas. Até mesmo a perspectiva de mineração de ouro entrou em declínio.
Apesar de a tensão entre Moscou e Londres crescer, as relações com as autoridades americanas eram cordiais, e a ideia de vender o Alasca surgiu quase simultaneamente em ambos os lados. O barão Eduard de Stoeckl, enviado da Rússia em Washington , iniciou as tratativas em nome do tsar juntamente com o secretário de Estado americano Willian Seward.
Enquanto as autoridades entravam em acordo, a opinião pública se opunha ao negócio. “Como nós entregamos terras em que foram depositadas tantos esforços e tempo em prol do desenvolvimento, onde foram abertas minas de ouro e linhas telegráficas?”, escreviam os jornais russos. 
A indignação não era diferente no outro lado do Atlântico. “Para que precisamos dessa caixa de gelo e de 50.000 esquimós selvagens que bebem óleo de peixe no café-da-manhã?”, criticava a imprensa dos EUA, com apoio do Senado e Congresso dos EUA.
No dia 30 de março de 1867, foi assinado em Washington o tratado de venda de 1,5 milhões de hectares russos aos EUA por 7,2 milhões de dólares, uma quantia considerada “simbólica” devido à situação crítica. A transferência oficial da terra ocorreu em 1867 na cidade de Novoarkhangelsk.
Tropas americanas e russas se alinharam perante o mastro no qual a bandeira russa começou a ser arriada, depois de uma salva de canhões. Os americanos renomearam a cidade, e centenas de russos que optaram por não se tornar cidadãos americanos foram forçados a evacuar a bordo de navios mercantes, chegando em casa somente no ano seguinte. Não demorou muito para a “caixa de gelo” ser tomada pela Corrida de Ouro de Klondike, trazendo prosperidade de novo à região. (Gueórgui Manáev - Gazeta Russa).
Um grande abraço a todos.

Ari

01 novembro 2017

Por que a Rússia vendeu o Alasca aos Estados Unidos I

Uma petição publicada no site da Casa Branca sobre a anexação do Alasca pela Rússia já reuniu 35.000 assinaturas. Muitos ainda acreditam que os americanos tomaram a região dos russos, mas, ao contrário do mito, o negócio foi justo e ambos os lados tinham sólidas razões para fazê-lo.
No século 19, o Alasca já era um centro de comércio internacional. Na ex-capital Novoarkhangelsk (atual Sitka) eram negociados tecidos chineses, chá e até mesmo gelo usado no sul dos Estados Unidos antes da invenção da geladeira. Navios e fábricas pontuavam a paisagem, e extraía-se carvão e ouro. Vender algo assim parecia loucura.
Os comerciantes russos eram atraídos ao Alasca por presas de morsa e preciosas peles de lontras, obtidas por meio de escambo com os nativos. Essas atividades estavam concentradas nas mãos da Companhia Russo-Americana (CRA), um grupo de negociantes russos do século 18 que possuía bandeira e moeda própria – o “marco de couro”.
Os privilégios haviam sido concedidos à companhia pelo governo tzarista, que não só cobrava altíssimos impostos, mas seus membros também figuravam entre os acionistas da CRA.
O comerciante Aleksandr Baranov ficava no comando dos assentamentos russos. Lá construiu escolas e fábricas, e ensinou os nativos a plantar nabo e batata. Com Baranov, a CRA gerava uma receita expressiva, mas, quando ele se aposentou, o capitão-tenente Gagermeister ocupou o seu lugar, trazendo uma nova equipe de funcionários e acionistas oriundos de círculos militares.
Desde então, por um decreto oficial, o governante só poderia levar oficiais da marinha. Assim, os siloviks se apropriaram do negócio rentável, mas foram justamente suas ações que levaram a empresa ao colapso. (Gueórgui Manáev - Gazeta Russa).

Um grande abraço a todos.

Ari

30 outubro 2017

Encontro para falar de livros!

Hoje, 30/10, tive a grata satisfação de participar do encontro com os alunos do Instituto Federal Catarinense - Campus de Fraiburgo (antigo Colégio Sedes Sapientiae) para falar sobre o mundo que está relacionado aos livros, boas leituras, experiências com livros e afins.

Estavam comigo o prof. Ricardo Annes e meu nobre e estimado parceiro, irmão e confrade, Dr. Adriano Gatti.

Tivemos a oportunidade de abordar peculiaridades sobre os mais diversos tipos de livros hoje existentes e ao nosso alcance e seus respectivos temas. Livros físicos ou virtuais. Livros de literatura ou sobre relatos de experiências pessoais. Livros de poesia ou livros técnicos. Livros de fatos reais ou de ficção e assim por diante.
Ifc - Fraiburgo - SC

Foi um encontro bem bacana e muito bom. Espero poder repetir esta experiência em breve. 

Obrigado aos organizadores Prof. Rodrigo e Bibliotecaria Mirela pela oportunidade. Obrigado aos alunos que participaram com grande interesse.

Um grande abraço a todos.

Ari

Para onde os satélites são enviados para morrer?

A estação espacial chinesa Tiangong-1 está, atualmente, fora de controle. Espera-se que ela caia na Terra em algum momento do ano que vem, mas não exatamente no local onde outros módulos espaciais terminam seus dias, os chamados polos de inacessibilidade.

Dois deles são particularmente interessantes. Um é o polo continental de inacessibilidade, o local na Terra mais longe do oceano. Existe uma discussão sobre sua posição exata, mas, para muitos, ele fica próximo ao chamado passo de Alataw - uma passagem montanhosa entre a China e a Ásia Central.

O ponto equivalente no oceano, o local mais afastado de qualquer território, fica no sul do Pacífico, cerca de 2.700 km ao sul das Ilhas Pitcairn, em algum lugar na "terra de ninguém" entre a Austrália, a Nova Zelândia e a América do Sul. Esse polo de inacessibilidade oceânico não atrai apenas o interesse de exploradores: operadores de satélite também se interessam por ele.

Com o fim da vida útil de satélites e espaçonaves atualmente em órbita ao redor da Terra, a grande maioria desses artefatos eventualmente irão voltar. Mas, onde cairão?

Satélites menores geralmente se incendeiam antes mesmo de entrar na atmosfera terrestre, porém alguns pedaços dos maiores conseguem sobreviver ao atrito e se chocam com o solo. Para evitar que caiam em áreas populosas, eles costumam ser conduzidos para a área em torno do ponto de inacessibilidade oceânica.

Uma área que se estende por aproximadamente 1.500 km² no leito oceânico está, aos poucos, sendo transformada em um verdadeiro cemitério de espaçonaves construídas pelo homem. Na última contagem havia mais de 260 delas, a maioria da Rússia.

Os destroços da estação espacial Mir, por exemplo, estão lá. Ela foi lançada ao espaço em 1986 e recebeu diversos cosmonautas russos e visitantes de várias nacionalidades. Com uma massa de 120 toneladas, a estação não conseguiria queimar completamente na atmosfera. Por isso, ela foi direcionada à região em 2001 e chegou a ser vista por alguns pescadores locais como uma bola de destroços

Controle

Ao retornar à Terra, o módulo que leva suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) entra em combustão sobre essa região, incinerando também o lixo que traz da Estação.

Essa desintegração controlada de satélites e módulos espaciais em nossa atmosfera não causa perigo para ninguém. A região desse polo de inacessibilidade também não costuma ser frequentada por pescadores, porque as correntes oceânicas não passam pela área e, portanto, não levam nutrientes para lá, o que torna escassa a vida no local. Uma das futuras visitantes desse ponto isolado será a própria Estação Espacial Internacional.

Os planos atuais preveem que ela seja desativada na próxima década e seja conduzida para o polo oceânico de inacessibilidade. Com uma massa de 450 toneladas - quatro vezes mais que a da estação russa Mir -, sua volta à Terra provavelmente será um acontecimento espetacular.

No entanto, nem sempre é possível conduzir um satélite ou estação espacial para o sul do oceano Pacífico, pois os controladores podem perder contato com ele.

Foi exatamente isso o que aconteceu com a estação espacial Salyut 7, em 1991, que caiu na América do Sul, e também com a Skylab, primeira estação espacial americana, que atingiu a Austrália em 1979. Ninguém foi ferido e, até onde se sabe, ninguém jamais foi atingido por algum pedaço de um módulo espacial desativado.

No ano que vem, esse problema se repetirá. Entre os meses de janeiro e abril, a estação chinesa Tiangong-1 voltará à Terra, em sua última viagem. Ela foi lançada em 2011, como a primeira estação espacial da China. No ano seguinte, recebeu a visita da primeira mulher astronauta chinesa, Liu Yang.

A órbita da Tiangong-1 vem declinando à medida que ela se aproxima do ponto de reentrada na atmosfera terreste. Mas os engenheiros chineses perderam o controle de sua trajetória e não estão conseguindo ligar seus propulsores para guiá-la até o Pacífico Sul.

Com isso, calculam que a estação irá cair na Terra em algum local entre as latitudes do norte da Espanha e o sul da Austrália. Não será possível ter uma localização mais precisa de sua queda até poucas horas antes da Tiangong-1 entrar em combustão. Mas o mais provável é que ela não se junte a suas companheiras no "cemitério de satélites". (Fonte: G1).

Um grande abraço a todos

Ari

28 outubro 2017

Sabedoria Milenar!

Beda nos ensina que há três caminhos para o fracasso: 


             - Não ensinar o que se sabe; 


             - Não praticar o que se ensina; 


             - Não perguntar o que se ignora.


Um grande abraço a todos e bom final de semana.

Ari

26 outubro 2017

Ela não sabia o que era "Liberdade"!

Yeonmi Park, puxada pelas mãos de sua mãe, fugiu da Coreia do Norte com 13 anos de idade.  No livro “Para Poder Viver” (Companhia das Letras – 2016) ela relata as atrocidades sanguinárias, cometidas pelo governo central no dia a dia de seu pais natal.

Capa do Livro: Para Poder Viver

Yeonmi não sonhava com a liberdade porque não sabia o que era isso, mas sua família sabia que fugir era a sua única maneira de sobreviver às doenças, à fome e à repressão constante e permanente. Precisava lutar pela vida.

Ela inicia narrando como era a vida em sua infância no país mais sombrio do mundo. Em seguida, testemunha sua fuga, aos treze anos, pelo submundo chinês de traficantes e contrabandistas. Seu périplo pela China através do deserto de Gobi até a Mongólia, guiada pelas estrelas, em direção à Coreia do Sul.

Ela nos mostra quanto e como a corrupção e os interesses individuais, quando colocados à frente dos interesses coletivos, são prejudiciais a todos os cidadãos de uma comunidade. 

Antes de atingir a maioridade, Yeonmi acumulou experiência suficiente para encantar as gerações do mundo inteiro, relatando as suas experiências, denunciando a violência cometidas pela ditadura Norte-correana e contribuindo com a organização Liberty in North Korea (LiNK), que resgata refugiados norte-coreanos na China, para restabelecê-los na Coreia do Sul e nos Estados Unidos.

Yeonmi Park hoje vive em Nova York. Vale muito ler seu livro.

Um grande abraço a todos.

Ari

25 outubro 2017

Qual a origem do primeiro semáforo de trânsito no mundo!

O congestionamento de carros e pessoas é recorrente em cidades. A organização desse tráfego, porém, nem sempre foi organizada tal como a conhecemos hoje. Durante o século 19, em Londres, as carruagens com cavalos eram um dos principais meios de locomoção que se popularizou. 

Foi nesse período que o semáforo foi inventado. De acordo com teorias da época, tudo começou em 1865, quando o engenheiro John Peake Knight abordou um comissário de polícia com um projeto. Knight pensou em uma invenção capaz de organizar e evitar acidentes de trânsito em Londres. Durante o século 19, a invenção de Knight foi pensada para organizar as carruagens puxadas por cavalos, que passaram a lotar as ruas de Londres antes da popularização dos carros.  

O semáforo de Knight era manipulado por guardas de trânsito, que se revezavam em turnos para operá-lo. Um mês após o início de seu funcionamento, aconteceu um acidente. Um vazamento de gás de uma das lâmpadas explodiu, matando um dos policiais que gerenciava a invenção, como conta o site Artsy. 

Após o acidente, os inventores da época desistiram da ideia de Knight e só a retomaram em 1910 quando o americano Ernest Stirrine idealizou outro projeto para o semáforo. Ele patenteou a ideia, que passou a ser usada para organizar o trânsito dos carros na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. 

A invenção de Stirrine consistia em um semáforo de duas torres, com os escritos “proceed” (continue, em português) e “stop” (pare, em português) que girava a partir de uma manivela, sem combustível ou eletricidade.

Após a ideia inicial de Knight, dezenas de invenções surgiram no século 20. Muitos engenheiros chegaram a patentear seus projetos e é por isso que existem tantos outros tipos de semáforo a depender do local. 

O título de primeiro semáforo eletrônico não é certo. Mas uma das teorias mais bem aceitas é de que o responsável pela criação foi o policial Lester Farnsworth Wire, em 1912. 

O semáforo de Lester é o que mais se assemelha com o que usamos nos dias de hoje: seu design é de uma torre acoplada a uma caixa de metal com apenas lâmpadas de duas cores: uma verde e outra vermelha. Para evitar mais acidentes, a cor amarela foi implantada anos depois. 

Aprimorado com o passar do tempo, outras invenções foram surgindo para facilitar e organizar o trânsito nas cidades. De acordo com o Departamento de Transporte dos Estados Unidos, o semáforo para o pedestre começou a ser testado em 1930. 

Patenteado pelo americano John S. Allen, sua invenção consistia em uma mão aberta que acendia a palavra “walk” (ande, em português) e “don’t walk” (não ande, em português).

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o bairro do Brás, em São Paulo, foi o primeiro a receber um semáforo no estado. Instalado em 1935, a invenção chegou quando a indústria automobilística se popularizou e o número de acidentes crescia no país. (Fonte: Naiara Albuquerque - https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/20/Qual-a-origem-do-primeiro-sem%C3%A1foro-de-tr%C3%A2nsito-no-mundo).

Um grande abraço a todos.

Ari

24 outubro 2017

Em SC, 16 municípios gastam mais com vereadores do que arrecadam!

Tudo que 16 cidades catarinenses conseguem arrecadar com impostos em um ano é insuficiente para bancar suas próprias câmaras de vereadores. Os dados são de um recorte feito pelo DC com base em um estudo nacional do Sebrae e da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), que considera a arrecadação dos municípios e exclui as transferências obrigatórias do governo federal. No país, 706 vivem nesta situação.

Entre os catarinenses, a pior relação entre receita e despesa legislativa está em Celso Ramos, cidade de 2,7 mil habitantes no Planalto Serrano. A Câmara de Vereadores consumiu R$ 603 mil em 2016, enquanto a receita própria foi de R$ 361 mil. O restante da verba municipal, R$ 17,8 milhões, veio de transferências. O maior gasto per capita com vereadores, contudo, foi registrado em Lajeado Grande, no Oeste, onde cada habitante desembolsou R$ 500 em 2016 para manter o parlamento local. Questionada, a casa legislativa limitou- se a dizer que não descumpriu a lei. A Câmara de Celso Ramos foi contatada, mas não retornou.

Apesar do flagrante desequilíbrio, Lajeado Grande, Celso Ramos e as outras 14 cidades catarinenses estão dentro da legalidade. Pela Constituição Federal, o duodécimo, como é chamado o repasse ao Legislativo, é uma porcentagem da receita total dos municípios e varia conforme a população.

Para cidades com até 100 mil habitantes, o limite é de 7% sobre a receita – incluindo as transferências federais obrigatórias. É o caso das cidades catarinenses que apareceram no levantamento: todas têm menos de 8,8 mil habitantes.

Para o presidente do Observatório Social do Brasil (OBS), Ney Ribas, essa forma de calcular o duodécimo – com base na receita total e não na própria – acaba incentivando despesas maiores. Mesmo assim, é possível reduzir o valor com pressão popular.

– É comum termos a lei orçamentária anual (LOA) aprovada com valores superestimados propositadamente para propiciar uma falsa expectativa de receita e, por conseguinte, um orçamento irreal. Um exemplo inédito em SC é o de Tubarão, onde um projeto de iniciativa popular, liderado pelo Observatório Social, foi acatado e aprovado por unanimidade pela câmara, reduzindo o duodécimo em 43% (R$ 4,7 milhões) do valor inicialmente estimado – explica.

Vereadores Voluntários

Para o Sebrae e CACB, reduzir o desequilíbrio das contas passa por cortar gastos legislativos. A proposta dos autores do estudo é que o trabalho de vereadores deixe de ser remunerado. A maior parte da despesa das câmaras é com a folha de pagamento, que abocanha, em média, 60% da verba. 

Não é exatamente uma novidade. No Brasil, em 1967, houve limitação à remuneração desses parlamentares, e só os das capitais e de cidades com mais de 100 mil habitantes recebiam salários. Em 1969, o limite mudou para municípios com mais de 300 mil habitantes. O assunto voltou à pauta nacional em 2012, quando o ex-senador Cyro Miranda (PSDB-GO) fez uma proposta de emenda à constituição (PEC) que sugeria o fim do salário para vereadores de cidades com até 50 mil pessoas. A PEC 35/2012 acabou arquivada no ano seguinte.

O advogado e doutor em Direito pela USP Marcelo Machado, que à época defendeu a proposta, acredita que a autonomia de quem exerce a função sem remuneração é maior.

– Isso é a metáfora do Brasil: o povo trabalhando e pagando impostos para que o Estado banque a si próprio. Em outros países, a função de conselheiro municipal (equivalente a vereador) é uma coisa que fazem de bom grado, em prol da sociedade – diz.

A câmara de Frei Rogério – a única entre as 16 que respondeu o questionamento sobre vereadores voluntários – se declarou favorável à proposta, mas questiona se, com o alto nível de corrupção do país, a economia chegaria ao cidadão. (Fonte: http://clauderio.blogspot.com/2017/10/16-municipios-de-sc-gastam-mais-com.html#ixzz4wNLqFGFB)


Um grande abraço a todos.

Ari