FRAIBURGO

13 outubro 2018

Vítimas da Erupção do Vesúvio Há 1900 Anos!


Pesquisa revela pela primeira vez como pessoas que viviam em cidades próximas ao vulcão morreram na erupção de 79 d.C.

Em uma noite do ano 79 d. C., os habitantes das cidades de Pompeia e Herculano, que pertenciam ao então Império Romano, foram vítimas de uma das catástrofes mais famosas da história.

Foto: PLOS One / BBC News Brasil

O Monte Vesúvio entrou em erupção, cuspindo lavas e cinzas a até 20 quilômetros de suas encostas. As populações próximas foram sepultadas sob um manto denso de rochas derretidas. Poucos conseguiram escapar. Muitos que ainda estavam acordados tentaram, em vão, procurar abrigo.

Cerca de 300 pessoas se esconderam em 12 câmaras à beira-mar perto da cidade de Herculano, mais próxima do vulcão que a vizinha Pompeia. Os moradores de Herculano foram soterrados sob cerca de 20 metros de cinzas.

Foto: Getty Images / BBC News Brasil
Mais de 1,9 mil anos depois, os restos mortais de dezenas de pessoas desse grupo foram analisados por uma equipe de cientistas italianos, que determinaram pela primeira vez como foram seus últimos momentos ao amanhecer.

A pesquisa, publicada na revista PLOS One, revela que a avalanche de fluxos piroclásticos (nuvem de cinzas em altíssima temperatura e gases venenosos) que cobriu os moradores fez o sangue deles ferver e seus crânios explodirem.

As análises das ossadas indicam, de acordo com o estudo, "um padrão generalizado de hemorragia induzida pelo calor, aumento da pressão intracraniana e ruptura do crânio". 

COMO CHEGARAM A ESSA CONCLUSÃO?

Ao analisar os restos mortais, a equipe de arqueólogos da Universidade de Nápoles Federico II, na Itália, descobriu um detalhe que havia sido ignorado em pesquisas anteriores: uma poeira preta e avermelhada impregnada nos ossos.

Um estudo posterior do material, realizado por meio da espectroscopia de plasma (técnica de análise química), mostrou que os resíduos eram compostos principalmente de óxido de ferro. Mas foi constatado que os restos mortais das vítimas não estavam em contato com objetos de metal.

Uma nova análise determinou, então, que se tratava da "degradação térmica da hemoproteína das vítimas da erupção", ou seja, do sangue delas.
O estudo sugere, portanto, que as pessoas morreram devido à rápida evaporação de fluidos corporais e tecidos moles em decorrência da exposição ao calor extremo.

"Essa descoberta extraordinária está ligada aos crânios cheios de cinzas, o que indica que após a evaporação de líquidos orgânicos, o cérebro foi substituído por cinzas", indica o estudo.

"A presença dessa cinza em todas as vítimas, mesmo naquelas que apresentam menos efeitos do calor, fornece indício de que a onda foi quente e fluida o suficiente para penetrar na cavidade intracraniana logo após o desaparecimento dos tecidos moles e dos fluidos orgânicos", acrescenta.

De acordo com os pesquisadores, esta é a primeira evidência experimental que mostra a rápida evaporação de fluidos corporais e tecidos moles após a erupção do Vesúvio. 

E O QUE ACONTECEU EM POMPEIA?

Segundo o estudo, na fase inicial da erupção vulcânica, as primeiras mortes foram consequência do desabamento de telhados e pavimentos devido ao acúmulo de pedras e cinzas.

Nas horas seguintes, os habitantes de Pompeia, Herculano e outras cidades próximas que não conseguiram sair a tempo foram soterrados por nuvens piroclásticas.
Mas, no caso de Pompeia, a morte foi "menos trágica", segundo Pierpaolo Petrone, responsável pelo estudo.

"Em Pompeia, localizada a cerca de 10 quilômetros do vulcão, a temperatura era mais baixa, cerca de 250-300 °C. Foi o suficiente para matar as pessoas instantaneamente, mas não o bastante para fazer evaporar a carne de seus corpos", explicou à revista Newsweek.

De acordo com o especialista, depois que as cinzas esfriaram, ao redor dos corpos intactos, o lento desaparecimento da carne deixou uma cavidade ao redor do esqueleto, o que permitiu que fossem preenchidas com gesso - foi assim que os corpos de algumas vítimas foram preservados em Pompeia. (Fonte: Lance/Terra)

Um bom final de semana a todos.

Ari

05 outubro 2018

A Constituição 88, 30 anos!


Hoje fazem 30 anos que, com esperança e ansiedade, minha geração sentou em frente à TV para assistir Ulisses Guimarães, proclamar com entusiasmo, o nascimento de uma "Constituição Cidadã" e um novo Brasil.  Ela foi elaborada por muitos homens de bem deste nosso país. 

Para nós catarinenses ficou o exemplo de integridade, trabalho e dedicação de Antônio Carlos Konder Reis, de quem lembro com muito carinho, pela sua atenção e afeto e dos conselhos que me dava, nos encontros nos "cafés" da manhã, no hotel onde morava, em Florianópolis e que muito me ajudaram em minha vida pessoal e no desempenho das minhas atividades da época, como secretário municipal. 

Era um momento difícil para todos os brasileiros. O Brasil ainda vivia impactado pela morte de Tancredo Neves e estava aprendendo a viver um novo tempo, chamado democracia, coisa que poucos conheciam. Os índices inflacionários eram muito altos, como nunca tínhamos visto e vivido e, como consequência, as pessoas precisavam encontrar continuamente, um modo de se proteger das perdas diárias do "dinheiro" suado, oriundo do seu trabalho. As mudanças propostas pela “Nova Constituição” eram profundas e iriam influenciar diretamente os costumes da população, aumentando significativamente e especialmente os direitos sociais e a liberdade de cada brasileiro. 

Hoje, 30 anos depois, ainda estamos procurando um Brasil melhor, mas já é, com certeza, bem melhor do daqueles tempos. 

Oxalá que as eleições do próximo domingo, possam trazer de volta os tempos de crescimento e do orgulho que nosso povo sempre almejou e que a nossa Constituição possa sobreviver, por longos e memoráveis tempos, garantindo os direitos e as conquistas de todos nós.

Grande abraço a todos e boas eleições.

Ari

20 setembro 2018

Porque Não Sou Mais Pt


Reproduzo aqui "textão" escrito por Mariana Schurr. Por alguma razão as pessoas mudam suas posições. Elas têm o direito de mudar. Mariana mudou. E eu respeito muito esta decisão. Parabéns pela coragem de se manifestar, cara amiga Mariana.

"Faz um certo tempo que estou pensando em escrever este artigo e decidi fazê-lo antes que acabem as eleições, pois de certa forma poderá ajudar no combate à esquerda.

Muitos estão estranhando minhas postagens e meus comentários em redes sociais dizendo: Mas você não era petista? A resposta é simples, ACORDEI!

Durante muito tempo vivi o pensamento que é imposto a todos os brasileiros dentro das escolas e das universidades, o grande sonho de viver em um país igualitário onde todos repartissem suas coisas e vivessem em plena harmonia, favorecendo a classe de baixa renda, distribuindo seus bens e que existe apenas duas classes de pessoas, o opressor e o oprimido e tantas outras demagogias marxistas. Essas demagogias são bonitas, porém no papel, ou melhor nem mesmo no papel, pois existem muitas falsas premissas usadas nisto tudo, porém não vou me aprofundar nisso a questão é: O que me fez mudar?

Com o passar do tempo estava buscando um sentido para continuar a lutar por meus objetivos e observei a distância que este pensamento está da realidade. Há cerca de três anos que venho realizando vários estudos e pesquisas sobre a educação clássica e outros que não vem ao caso agora, me fizeram parar para rever todas as minha convicções.

Colocando em cheque todas as bases que fizeram parte do meu imaginário até aquele momento, consegui perceber que na verdade eu estava indo contra a própria sociedade que vivo, pois a partir do momento que eu busco dar mais poder ao estado, assumo a culpa da minha própria incompetência. É justamente isso que o governo esquerdista busca, e vou usar um modelo simples para exemplificar isso.

Vejamos, vou citar aqui um tema polêmico e antes que me chamem de fascista quero deixar claro que é apenas um exemplo, mas que relata bem essa primeira impressão que tive. Quando um trabalhador hoje recebe seu salário com o desconto do FGTS (obrigatório), está assumindo a culpa de sua incapacidade de poupar ou de cuidar de seu próprio dinheiro, houve a necessidade de criar essa lei justamente para dar uma segurança/garantia ao empregado. Com isso fortaleceu mais ainda o estado e os bancos, que podem usar esse dinheiro livremente para aplicações etc. Se esse valor fosse revertido ao trabalhador, e este tivesse conhecimento necessário para fazer investimentos etc... renderia bem mais do que um simples acerto no fim do contrato de trabalho. Esse é um exemplo simples de um sistema corrupto e alienador, e tudo começou com a degradação do ensino nas escolas.

Para termos uma ideia, antigamente quando o ensino clássico ainda vigorava, o aluno era submetido até seus 14 anos ao estudo de três artes: Gramática, Lógica e Retórica. Estas três artes eram chamadas de artes do espírito, pois são as formadoras da base do Ser humano. Dentro delas eram estudados diversos assuntos que iriam auxiliar o estudante em todos os aspectos de sua vida, entre eles podemos citar: latim, grego, mitologia grega, lógica formal e informal, língua vernácula, literatura etc. Com apenas 14 anos a criança já havia estudado 3 línguas e estava apta a iniciar os nas próximas quatro artes, as quais dão uma visão do mundo onde vivemos, aritmética, música, astrologia e geometria. Foi nesta época que a humanidade viu surgir os maiores gênios como Shakespeare por exemplo.

O ensino hoje está completamente fora dos padrões de base para a formação de um ser humano verdadeiramente livre. As artes liberais que fazem parte da educação clássica assim são chamadas justamente porque são essas artes que libertam o ser. Elas formam, educam e fazem com que o ser humano realmente tome as rédeas de sua própria vida e é por elas que vou lutar até o fim, pois como diz Olavo de Carvalho "é a única coisa que pode fazer a sociedade mudar".

Um grande abraço a todos.

Ari

28 agosto 2018

Morre Zé Bettio


Um dos mais famosos profissionais do rádio brasileiro de todos os tempos, Zé Bettio morreu na madrugada desta segunda-feira (27), aos 92 anos de idade, no bairro Horto Florestal, em São Paulo-SP. 

Nascido na cidade de Promissão-SP em 2 de janeiro de 1926, Zé Bettio iniciou sua carreira artística percorrendo o interior de São Paulo e Paraná com o trio "Sertanejos Alegres", junto com Antonio Moraes e Afonso.

Após o término do grupo, passou a tocar sanfona em um concurso de calouros da Rádio Tupi, quando conheceu outros músicos e formou o "Zé Bettio e seu Conjunto", que se apresentou algumas vezes na Rádio Cometa.

Zé Bettio se tornou radialista por acaso. Certo dia, quando se apresentava em uma rádio de Guarulhos, o locutor da emissora faltou, e o próprio acabou assumindo a leitura dos anúncios daquela transmissão, agradando aos ouvintes.

Foi então contratado pela Rádio Cometa, onde assumiu um programa próprio. Logo, Zé Bettio, com sua simplicidade e bom humor, acabou conquistando a simpatia do público.

Foi contratado pela Rádio Record no início da década de 70, levando a emissora paulista, em apenas dois anos, do 14º para o primeiro lugar de audiência. Em seu programa, lançou diversas duplas sertanejas, entre elas, Milionário e José Rico.

Em 1984, foi contratado pela Rádio Capital, e também teve rápida passagem pela Rádio Gazeta, de São Paulo. Poucos sabem, mas o histórico radialista foi também jogador de futebol. Foi em sua juventude, quando, morando em Lins-SP, dividia seu tempo entre a profissão de sapateiro e as partidas do Clube Atlético Linense.

Nos últimos anos de vida, curtia sua merecida aposentadoria em suas fazendas, nas cidades de Garça-SP e de Rinópolis-SP, onde organizava suas memórias para lançar um livro sobre a sua vida.

(http://terceirotempo.bol.uol.com.br/noticias/morre-ze-bettio-um-dos-grandes-nomes-do-radio-brasileiro)

17 junho 2018

A Sementinha


Letra da música de Lourenço e Lourival


A SEMENTINHA


Lá na casa da fazenda onde eu vivia
Numa manhã de garoa e de céu nublado
Achei no chão do terreiro uma sementinha
Pensei logo em plantá-la no chão molhado
O tempo passou depressa e a mocidade
Chegou como chega a noite ao cair da tarde
Veio morar na fazenda uma caboclinha
Graciosa, bela e meiga e na flor da idade

Iniciou-se um romance entre eu e ela
Na sombra aconchegante de uma paineira
Dei a ela uma rosa com muita esperança
Que eu colhi de um galhinho daquela roseira
Marcamos o casamento pro fim do ano
Pra mim só existia ela e pra ela só eu
Pouco mais de uma semana para o nosso idílio
A minha flor prometida doente morreu

Arranquei o pé de rosas na primavera
E plantei na sepultura de minha amada
Todas tardes eu molhava com o meu pranto
A roseira foi murchando e acabou-se em nada
A chuva foi embora e o sol ardente
Matou a minha roseira e secou meu pranto
Só não matou a saudade da caboclinha
Pois eu vejo sua imagem em todo canto

Por isso é que eu vivo longe da minha terra
Seguindo a longa estrada de minha vida
Procuro viver sorrindo mas no entanto
Eu choro ao me recordar a amada querida
O destino como sempre é caprichoso
É cheio de traições e de sonhos loucos
Tal qual aquela roseira e a minha amada
Eu pressinto que também vou morrendo aos poucos

Cultura para sempre

Ari



28 maio 2018

O Caminho é a Educação

Coluna de Cacau Menezes em 27/05/2018:

“Não é de esperar que corrupto combata corrupto; que usuário de mordomia combata a mordomia; que o recebedor de salário acima da lei combata tal privilégio; que o parasita social, assalariado do poder público, que ganha sem trabalhar, combata a ociosidade... e, assim por diante. É essa gente que está mandando no Brasil – e as exceções existentes nos três poderes não desfazem a regra. Dessa gente, é tolice esperar solução honesta, para a baderna atual. Ela tem que ser derrubada e, pelas urnas não irá acontecer, porque a maioria do povo não sabe o que quer, vota cegamente em líderes carismáticos, mentirosos, fazedores de promessas que não cumprem, vende seus votos por um tanque de gasolina, e assim por diante... Constituição , voto, composição de poderes e outras responsabilidades é tarefa para quem tem a necessária qualificação!” 

Palavras de Glauco Olinger, que aos 96 anos, reafirma ao colunista o entendimento segundo o qual só a educação corrige o Brasil. Eu apoio.

Uma boa semana a todos e que Deus nos guie.

Ari

27 maio 2018

Essa Esperança É de Todos Nós.

"Sobre o movimento dos caminhoneiros, fui neste sábado num dos locais de concentração, às margens da BR-101 em Joinville/SC.
Pode-se dizer que um juiz de direito não tem nada com isso e não deve se envolver. Porém, como essa situação atinge a todos pessoalmente e porque também tem reflexos sobre um complexo prisional com 1.600 detentos sobre o qual tenho responsabilidades (até o momento tudo está sob controle e há alimentos suficientes para os presos para os próximos dias), como cidadão e como juiz da execução penal resolvi ver in loco esse movimento, no intuito de entender um pouco melhor tudo que está acontecendo.
No trajeto vi uma BR-101 vazia, como nunca tinha visto antes em toda minha vida. Seguindo, logo adiante vi ao longe uma bandeira do Brasil guindada a uma altura de uns 20 metros. Não vi bandeiras ou emblemas de partidos políticos, sindicatos ou organizações. Num posto de gasolina à direita no sentido Joinville/Curitiba, dezenas ou centenas de caminhões estavam estacionados. Não havia bloqueio da rodovia e os poucos veículos a transitar passavam livremente, alguns buzinando em cumprimento.
Nas margens da BR, não no acostamento, avistei barracas e um aglomeração de pessoas. Estacionei o carro e para lá me dirigi. Assim que me aproximei pedi para um grupo que conversava alto sobre o valor dos combustíveis para me levarem às lideranças do local. Eles muito educados disseram que não havia líderes mas sim organizadores. Uns do grupo me reconheceram e perguntaram por que eu estava ali. Disse o motivo, que era me inteirar da situação. Então eles pediram para eu os acompanhar e passaram a procurar no meio das pessoas alguém da organização. Vi muitas famílias, com crianças e idosos. Não havia música alta e tampouco percebi bebidas alcoólicas.
Encontramos um dos organizadores embaixo de uma barraca servindo sanduíches. Logo que fui apresentado uma roda de pessoas se formou para conversar comigo. Eles me relataram que tudo era para ter se resumido exclusivamente em uma passeata de protestos, nada mais, mas que com a enorme adesão e apoio popular de um lado e arrogância governamental do outro, o movimento cresceu e se tornou isso que vivenciamos atualmente. Afirmaram que ali estavam caminhoneiros tanto autônomos como empregados, todos unidos.
Apontaram as reivindicações, que em síntese eram a redução dos impostos sobre o diesel e uma política de preços previsível, que impedisse que um caminhoneiro saísse para viajar numa noite com o diesel num preço e fosse surpreendido na manhã seguinte com outro. Afirmaram que o acordo feito na quinta em Brasília não valia pois não atendia suas principais reivindicações e tinha sido feito por quem não os representava.
Estavam preocupados com tentativas de alguns meios de comunicação, segundo eles a pedido do governo, de dividir a população e o apoio que tinham até então. Manifestaram compromisso em agir pacificamente, mas estavam receosos com boatos de intervenção do exército para acabar com o movimento e me perguntaram se o estado podia usar da força para desfazer locais de concentração como aquele.
Conversei a respeito, pedindo que agissem sem violência. Ao final me despedi dizendo que esperava que tudo se resolvesse logo e sem transtornos maiores, dentro da lei, com a cidadania saindo fortalecida. Não tenho condições de concluir qualquer coisa, se esse movimento se caracteriza como greve ou se há algo articulado e oculto por trás disso tudo, lockout como dizem. O que sei é que deixei o local com a sensação de que a vida daquelas pessoas que diretamente encontrei às margens da BR-101 tem sido muito difícil e que estão agindo movidos pela esperança de dias melhores.
Creio que essa esperança é de todos nós.
João Marcos Buch é juiz da Vara de Execuções Penais de Joinville".

Um Bom domingo a todos.

Ari

06 abril 2018

Depois de 264 anos, o sonho continua!


   "...Quisera, pois, ter almejado que ninguém no Estado, pudesse dizer-se acima da lei, e que ninguém, fora dele, pudesse impor alguma que o Estado fosse obrigado a reconhecer porque qualquer que possa ser a constituição de um governo, se nele houver um só homem que não esteja submetido à lei, todos os outros ficam necessariamente à discrição desse e, se houver um chefe nacional e outro estrangeiro, qualquer que seja a divisão  da autoridade que possam fazer, é impossível que ambos sejam bem obedecidos e o Estado bem governado".

     Trecho escrito e publicado em 1754 por Jean-Jaques Rousseau em A Origem da Desigualdade entre os Homens, edição de 2017, pg. 14, Editora Lafonte. 

Um grande abraço e bom final de semana.

Ari 

16 fevereiro 2018

Pesquisadores criam supermadeira!

Engenheiros adensaram e fortificaram madeira com técnica inovadora que pode lhe dar novas aplicações, da construção civil a indústria automotiva.

Uma madeira mais resistente do que a natural e mais forte do que ligas de titânio foi desenvolvida por engenheiros da Universidade de Maryland, nos EUA, que dizem que sua invenção pode ser um importante substituto do aço.
Adicionar legLiangbing Hu e seu colega Teng Li mostrando a supermadeira; pesquisadores a testaram com projéteis semelhantes a balas de revólver | Foto: Universidade de Maryland. Foto: BBCBrasil.com
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"É uma solução promissora na busca por materiais sustentáveis e de alto rendimento", afirmou à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Liangbing Hu, professor-associado de Ciência e Engenharia de Materiais da universidade e líder da equipe que desenvolveu o projeto, publicado no periódico científico Nature.

Segundo ele, o produto final apresenta 12 vezes mais resistência que a madeira comum.

"É um tipo de madeira que pode ser usado em automóveis, aviões, edifícios e em qualquer aplicação em que se use aço."

Resistência da Lignina

Essa supermadeira é fabricada em duas etapas: a primeira consiste em um tratamento químico para a extração parcial da molécula chamada lignina, um dos polímeros mais comuns do planeta e o elemento que confere à madeira sua cor amarronzada e sua rigidez.

Depois, a madeira é comprimida a um calor de 100ºC, o que "espreme" as fibras de celulose e reduz a grossura do produto final em cerca de 80%.

Essa compressão destrói eventuais defeitos na madeira, como buracos ou nós. Mas o mais importante é que suas fibras ficam tão próximas entre si que formam fortes elos de hidrogênio.

A lignina é retirada justamente para evitar que fiquem espaços vazios entre as fibras, explica Hu. Mas essa emoção é apenas parcial porque "se comprimíssemos a madeira depois de extrair a lignina totalmente, a estrutura inteira (do material) colapsaria".

Projéteis

Os pesquisadores da Universidade de Maryland testaram o material com tiros de projéteis de aço, similares a balas de revólver. Os projéteis atravessaram a madeira natural, mas ficaram retidos até a metade quando disparados contra a madeira tratada.

"A supermadeira é tão forte quanto o aço, mas seis vezes mais leve", diz Hu. Ele agrega que o tratamento funcionou nos testes realizados em três tipos de madeira dura (tília, carvalho e álamo) e outros três de madeira mais leve (cedro e pinheiro). Fonte: http://clauderio.blogspot.com/2018/02/pesquisadores-criam-supermadeira-tao.html#ixzz57HKHNkYU

Um bom final de semana a todos.

Ari

07 fevereiro 2018

Hotel Biz ( Renar) - Fraiburgo


Referência em turismo o Hotel Renar é símbolo maior da grandeza do povo fraiburguense que hoje percorre o mundo inteiro e propaga aos 4 cantos do mundo a pujança e as belas coisas do município de Fraiburgo.
 
Vista parcial do Hotel Biz (à direita)
A catástrofe que se abateu sobre o “seu irmão mais novo Hotel Biz” no dia de ontem, é para nós fraiburguenses motivo de tristeza e preocupação, pois a perdas foram de enorme monta. Construído ao lado do Majestoso Hotel Renar, possuía o mesmo padrão de atendimento de “seu irmão mais velho” e serviços comparáveis aos melhores hotéis do mundo.

Por outro lado, conhecedor do perfil de trabalho que sempre norteou a família Ziolkowski, proprietária daqueles empreendimentos, estou convicto de que eles  encontrarão meios para reerguer e recuperar aquele espaço, que é o símbolo de trabalho, honestidade e presteza no atendimento de seus milhares e milhares de hospedes espalhados pelo mundo inteiro.

Força e coragem é o meu desejo àquela família.

Forte Abraço.

Ari

26 janeiro 2018

Só Por Hoje!

Hoje eu transcrevo uma cronica escrita por João Marcos Buch, que foi publicada em 24/01/2018, no site:  http://www.juscatarina.com.br/2018/01/24/joao-marcos-buch-so-por-hoje/ e que merece um pouquinho da nossa atenção, pois nos mostra um pouco da nossa realidade diária:

"Hoje, com saúde, eu acordei em minha cama, no meu quarto, tomei banho quente no meu banheiro, coloquei as minhas roupas e tive o meu farto café da manhã. Fui trabalhar. Ao meio dia, com meu carro e no ar condicionado fui almoçar, comi salada, arroz integral, feijão e um contra-filé grelhado ao ponto. À tarde presidi audiências e entre elas tratei de uma envolvendo um egresso do presídio em livramento condicional. Às 16h fiz intervalo para um lanche. No início da noite fui para a academia exercitar o corpo e finalmente voltei para meu apartamento, onde jantei e tomei uma taça de vinho, droga essa lícita. E voltei a dormir em minha cama. Sou juiz.

Hoje, doente, com dor de estômago e inflamação na perna esquerda, portador do HIV, ele acordou na calçada, numa via pública, tomou banho no centro de referência para população em situação de rua e não teve café da manhã. Foi pedir pelas esquinas. Ao meio dia, com os próprios pés e sob sol numa temperatura de 39 graus andou a procura de almoço, não almoçou. À tarde compareceu a uma audiência e na frente do juiz justificou o cumprimento regular do seu livramento condicional. Às 16 horas não fez intervalo, não tinha lanche. No início da noite foi para o centro da cidade exercitar a miséria e finalmente voltou para uma rua qualquer onde jantou daquilo que alguém dispensou e usou alguma droga, essa ilícita. E voltou a dormir na calçada. Ele é ex-presidiário.
A diferença entre nós: eu tive muitas oportunidades na vida, ele poucas ou nenhuma; eu tive família, educação e referências positivas, ele nunca soube o que é família, largou os estudos nos primeiros anos e suas referências nem sempre foram positivas. Sou um ser humano melhor do que ele? Não sou. A esta altura da vida tenho mais do que ele? Tenho sim. Isso é justo? Não, não é! Não nos damos conta do quanto somos responsáveis por esse estado de coisas. Está na hora de vivermos com menos julgamentos e mais alteridade.
Errata: desta vez, na realidade deste dia, às 16h o rumo da história dele mudou. Ele teve um lanche fornecido, o assistente social o atendeu e em seguida em meu nome foram acionadas as redes de atenção municipais. O ciclo se quebrou. Hoje ele não dormirá na calçada. E eu dormirei melhor.
Só por hoje. João Marcos Buch é juiz de Direito."
Pensemos nisso. 

Um grande abraço a todos.

Ari

20 janeiro 2018

Dinheiro público jogado no lixo!

A opção das autoridades brasileiras de quantificar nossos estudantes ao invés de os qualificar, resulta na produção de placas informativas desta ordem.


Afixada em local de importância ímpar e por tratar-se de região onde o fluxo diário de veículos e transeuntes locais é enorme, com centenas de turistas vindos do mundo inteiro para descansar, curtir e desfrutar das nossas belezas naturais, prestar informações com esta qualidade é no mínimo agir com total falta de respeito para com todos os usuários.

Precisamos repensar e debater um pouco mais sobre este modelo e o que queremos com as nossas instituições de ensino.

Um grande abraço e bom final de semana a todos.

Ari