FRAIBURGO

28 julho 2014

Largar o Cigarro é Mais Barato Que Tratar Suas Complicacões


Reproduzo aqui, por entender a importância do assunto, o Texto publicado no Jornal Gazeta do Povo – Curitiba - Pr em 28/07/2014 (AGÊNCIA RBS) – SEÇÃO SAÚDE - MUDANÇA DE HÁBITO.

Pesquisa mostra que o SUS gasta menos ajudando alguém a abandonar o tabagismo do que tratando de doenças decorrentes do vício.

O cheiro de cigarro impregnado na roupa do filho era o que faltava para André Luís Rech da Rocha, 25 anos, romper com o vício. O funcionário público brigou com o tabaco por três anos. Há 10 meses, nasceu Leonardo, e a culpa por fumar aumentou. Com a ajuda do serviço público de saúde, conseguiu abandonar a nicotina, deixou o sedentarismo, perdeu 12 quilos e poupa quase R$ 400 mensais sem a compra dos maços.
Viradas de vida como essa vêm sendo conquistadas, ainda que timidamente, pelo Programa de Cessação de Tabagismo do Sistema Único de Saúde (SUS). Para testar a sua efetividade, uma pesquisa recente mostrou que são necessários R$ 1.433 para ajudar alguém a parar de fumar, enquanto que o tratamento mínimo para um câncer, como o de pulmão, teria um custo para os cofres públicos de R$ 29 mil.
O estudo ocorreu de 2011 a 2013 e foi realizado pelo Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (Iats), com sede no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Para se chegar aos valores, foi dissecado o programa aplicado em Goiânia, um dos primeiros a ser implantado no país e considerado modelo. Segundo os pesquisadores, os dados podem ser replicados para o restante do Brasil, já que seguem um modelo estabelecido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para todos os estados.
Dos 803 pacientes atendidos pelo SUS na capital goiana em 2010, o índice de sucesso foi de 37,2% após seis meses de acompanhamento dos integrantes. Levantamentos internacionais demonstram que a taxa média de abandono do vício varia entre 13,3% e 19,7%.
Terapia
Rocha encontrou o auxílio em Porto Alegre. Frequentou o grupo por um ano e desistiu por três vezes. Usou o adesivo de nicotina em todas as oportunidades em que retornou. Em primeiro lugar, foi a vontade de mudar que o ajudou, mas a terapia em grupo o manteve motivado. “Se eu continuasse naquele ritmo, fumando duas carteiras por dia, não conseguiria ver meu filho se formar. Hoje, caminho três vezes na semana e jogo futebol todos os finais de semana”, contou Rocha, que está no terceiro mês de abstinência.
Andréa Mendes, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, que fez da pesquisa sua dissertação de mestrado na Universidade Federal de Goiás (UFG), explica que o diferencial brasileiro está na terapia cognitivo-comportamental em grupo por período prolongado. “Só o medicamento não resolve. Essa configuração de ter a terapia como obrigatória pode ser um diferencial para conseguirmos taxas mais elevadas, além do tempo mais prolongado de acompanhamento dos pacientes”, explicou .
Parar de fumar exige mais que só expor riscos
O programa para largar o vício do cigarro, recomendado pelo Ministério da Saúde, já foi implantado em todos os estados. Só no Rio Grande do Sul, onde está o maior número de fumantes do país, são 326 serviços públicos desse tipo. Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), os gaúchos que fumam representavam 18% em 2012, contra a média brasileira de 12%.
A cardiologista Carisi Anne Polanczyk, coordenadora-adjunta do Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (Iats), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, conta que a chance de um médico convencer um paciente a deixar de fumar só expondo os riscos é de 3% a 6%. Por outro lado, programas como esses, que envolvem terapia, têm se mostrado efetivos. Ela afirma que, apesar de Porto Alegre ter o mais alto índice do país – 16,5% da população é fumante –, o atendimento ainda é muito restrito. “Deveríamos ser mais agressivos nas nossas estratégias para tentar reduzir esse número. Não podemos seguir o resto do país. Já que temos os piores resultados, temos de fazer mais coisas”, argumenta.
Mesmo em Goiânia, sede do projeto, são atendidos só 2,2% daqueles que estariam motivados a parar de fumar. Fabiana Reis Ninov, bióloga e coordenadora do Programa Municipal de Controle do Tabagismo, afirma que todos os postos de saúde de Porto Alegre são obrigados a ter o serviço, mas devido à falta na remessa de antidepressivos e adesivos de nicotina do Ministério da Saúde, desde o ano passado, a metade das unidades teve de suspender o atendimento. Ela estima que, de todos os que desejam parar de fumar, só 3% conseguem efetivamente. “É uma droga legalizada e silenciosa, mais devastadora e que mata muito mais do que todas as outras. Quem usa não faz ideia de que é um drogado. A nicotina ativa neurotransmissores cerebrais que nunca mais são desativados.”
Boa leitura e um grande abraço.
Ari

24 julho 2014

Sucesso no Encerramento da Turma Antitabagismo de Julho

Hoje mais uma turma chegou ao final da primeira etapa do tratamento antitabagismo ministrado pelo P.A. Central de Fraiburgo, dirigido pelo médico pmeumologista Dr. Eduardo Alves de Araújo e pela Assistente Social Marie Cristina Munaretto.



Parabéns aos novos ex-fumantes de nossa cidade. Sucesso em sua caminhada. Vamos cuidar da nossa saúde. 


DOENÇAS RELACIONADAS AO TABAGISMO
(Fonte: http://www2.inca.gov.br).

O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina, estando por isso inserido na Classificação Internacional de Doenças (CID10) da Organização Mundial da Saúde (OMS). É também o mais  importante fator de risco isolado para cerca de 50 doenças, muitas  delas graves e fatais, como o câncer, cardiovasculares, enfisema e outras.

A OMS tem alertado que a carga global das doenças crônicas não transmissíveis (doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, diabetes, câncer) está aumentando e representa a principal barreira para o desenvolvimento e o alcance dos Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento. E o tabagismo é um dos principais fatores de risco dessas doenças.

O tabaco fumado em qualquer uma de suas formas causa até 90% de todos os cânceres de pulmão e é um fator de risco significativo para acidentes cérebro-vasculares e ataques cardíacos mortais. Os produtos de tabaco que não produzem fumaça também causam dependência e são responsáveis pelo desenvolvimento de câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas, assim como muitas patologias buco-dentais.

O tabagismo é responsável, dentre outros, pelos seguintes cânceres:

• Leucemia mielóide aguda
• Câncer de bexiga
• Câncer de pâncreas
• Câncer de fígado
• Câncer do colo do útero
• Câncer de esôfago
• Câncer nos rins
• Câncer de laringe (cordas vocais)
• Câncer de pulmão
• Câncer na cavidade oral (boca)
• Câncer de faringe (pescoço)
• Câncer de estômago

Um Abraço a todos.
Ari

10 julho 2014

Preços Brasileiros

"No Brasil, nós parecemos muitas vezes acometidos de um deslumbramento provinciano pelo preço alto. Não é uma atitude particularmente educada." Álvaro Garnero, empresário e apresentador de TV.


Abraços

Ari

Saudades de Meu Pai!

Hoje é o aniversário da morte de meu PAI. Ele faleceu em 10 de julho de 1997, portanto há 17 anos.
Para homenageá-lo, segue vídeo "Ser rico... Não é sobre quanto você tem. Mas sim quanto você pode dar... De alguma forma quando você dá... Você será mais feliz...", publicado em 22/03/2014 no YouTube por Leandro Tugumi.

Ele sempre foi muito doente e sempre manteve a humildade, apesar de todos os infortúnios por que passou. Foi para mim exemplo de dignidade e coragem para superar todas as dificuldades. Ainda assim muito(a)s não valorizaram os seus princípios. Ele continua o meu heroi.





Seu Armando, a cada dia sinto mais a sua falta.

Abraço a todos.
Ari

06 julho 2014

Os Eleitores Estão Indignados

Com quatro medidas legais, a classe política poderia, se quisesse, aprimorar o desmoralizado processo político brasileiro. São elas: 1. Fim das coligações partidárias, que hoje são inaceitáveis. Transformaram os partidos em balcão de negócios. Ninguém indaga quem e o que é, mas quanto vale. 2. Acabar com a reeleição. Eleitos, prefeitos, governadores e presidentes já na posse só planejam e vivem em função da reeleição. 3. Propaganda eleitoral gratuita sem produção. Candidato pode gravar ou fazer ao vivo, mas sem recursos tecnológicos. Barateia a campanha e evita manipulações; 4. Proibição de doações em dinheiro pelas empresas aos partidos e candidatos. Só contribuições de pessoas físicas e com limites.

As eleições deste ano conseguem deixar os eleitores ainda mais indignados. Acordos, negociatas, leilões de cargos e recursos, troca de favores, num cassino nunca visto. Sepultaram ideologias e fulminaram com o idealismo político.

Há dois anos, por exemplo, o governador Raimundo Colombo (PSD) bancou a candidatura de Cesar Souza Junior (PSD), em Florianópolis, para derrotar Gean Loureiro, candidato de Dário Berger, pelo PMDB. Trocaram escaramuças. Naquele ano também patrocinou a eleição de Adeliana Dal Pont para derrotar Djalma Berger (PMDB), irmão de Dário. Esta semana, abraçaram-se como réstea de cebola.

O PCdoB sempre foi aliado do PT. Fechou com o PSD aqui. E coligou-se com Fernando Collor e Renan Calheiros em Alagoas. Jorge Bornhausen, fundador do PFL, virou socialista, apoiando Eduardo Campos. Colombo, afilhado de Bornhausen, é cabo eleitoral de Dilma. (Coluna de Moacir Pereira 06/07/2014).

Caro Moacir: Eu também estou indignado. Sou do tempo que isso que estão fazendo era inimaginável.

Abraços,

Ari

02 julho 2014

Minha Experiência na Copa do Mundo

Das muitas experiências que já tive na vida, esta com certeza absoluta não foi a maior, mas será para sempre uma das maiores.

Em 26/06/2014 tive o prazer e a felicidade de assistir ao jogo de futebol entre as seleções da Argélia e da Rússia, válido para a Copa do Mundo 2014, realizado no Estádio Arena da Baixada em Curitiba-Pr.

Ouvir o eco do "grito de guerra" da torcida russa ou da torcida argelina e entender o seu significado,  e no meio disso tudo ouvir e cantar o grito maior de todos "EU SOU BRASILEIRO" é uma coisa que não consigo explicar e nem escrever. É uma coisa muito maior que tudo. É inexplicável, inenarrável, "i..." não sei o que. É diferente e muito bonito.

Copa do Mundo Fifa 2014 - Estádio Arena da Baixada 26/06/2014

Estar literalmente no meio das torcidas da Rússia e da Argélia, que estavam separados apenas por alguns de nós brasileiros, foi para mim motivo de grande aprendizado. Pude sentir o orgulho patriótico de ambas as torcidas. Pude sentir que a festa em si não é o futebol, mas sim a integração entre os povos que ele proporciona. Pude sentir que acima de tudo as pessoas são todas iguais, com os mesmos sentimentos, com as mesmas alegrias e com os mesmos anseios, tanto no Brasil, bem como na Argélia ou na Rússia.

O resultado da partida foi favorável aos argelinos mas o respeito de ambas as torcidas foi muito exemplar. O espírito esportivo se sobrepôs ao espírito político ou religioso e aprendi, com eles, que quando se tem uma oportunidade de mostrar ao mundo que somos todos cidadãos de bem, isso deve prevalecer acima de qualquer coisa, inclusive das exceções.

O respeito prevaleceu e a experiência ficou.

A entrada 2, portão D, Bloco 113, Fileira G e cadeira 28 do Estádio Arena da Baixada, ficarão marcados eternamente em minha memória.

Obrigado aos meus familiares que me proporcionaram isso. Beijo no coração de todos vocês.

Ari