FRAIBURGO

30 outubro 2017

Encontro para falar de livros!

Hoje, 30/10, tive a grata satisfação de participar do encontro com os alunos do Instituto Federal Catarinense - Campus de Fraiburgo (antigo Colégio Sedes Sapientiae) para falar sobre o mundo que está relacionado aos livros, boas leituras, experiências com livros e afins.

Estavam comigo o prof. Ricardo Annes e meu nobre e estimado parceiro, irmão e confrade, Dr. Adriano Gatti.

Tivemos a oportunidade de abordar peculiaridades sobre os mais diversos tipos de livros hoje existentes e ao nosso alcance e seus respectivos temas. Livros físicos ou virtuais. Livros de literatura ou sobre relatos de experiências pessoais. Livros de poesia ou livros técnicos. Livros de fatos reais ou de ficção e assim por diante.
Ifc - Fraiburgo - SC

Foi um encontro bem bacana e muito bom. Espero poder repetir esta experiência em breve. 

Obrigado aos organizadores Prof. Rodrigo e Bibliotecaria Mirela pela oportunidade. Obrigado aos alunos que participaram com grande interesse.

Um grande abraço a todos.

Ari

Para onde os satélites são enviados para morrer?

A estação espacial chinesa Tiangong-1 está, atualmente, fora de controle. Espera-se que ela caia na Terra em algum momento do ano que vem, mas não exatamente no local onde outros módulos espaciais terminam seus dias, os chamados polos de inacessibilidade.

Dois deles são particularmente interessantes. Um é o polo continental de inacessibilidade, o local na Terra mais longe do oceano. Existe uma discussão sobre sua posição exata, mas, para muitos, ele fica próximo ao chamado passo de Alataw - uma passagem montanhosa entre a China e a Ásia Central.

O ponto equivalente no oceano, o local mais afastado de qualquer território, fica no sul do Pacífico, cerca de 2.700 km ao sul das Ilhas Pitcairn, em algum lugar na "terra de ninguém" entre a Austrália, a Nova Zelândia e a América do Sul. Esse polo de inacessibilidade oceânico não atrai apenas o interesse de exploradores: operadores de satélite também se interessam por ele.

Com o fim da vida útil de satélites e espaçonaves atualmente em órbita ao redor da Terra, a grande maioria desses artefatos eventualmente irão voltar. Mas, onde cairão?

Satélites menores geralmente se incendeiam antes mesmo de entrar na atmosfera terrestre, porém alguns pedaços dos maiores conseguem sobreviver ao atrito e se chocam com o solo. Para evitar que caiam em áreas populosas, eles costumam ser conduzidos para a área em torno do ponto de inacessibilidade oceânica.

Uma área que se estende por aproximadamente 1.500 km² no leito oceânico está, aos poucos, sendo transformada em um verdadeiro cemitério de espaçonaves construídas pelo homem. Na última contagem havia mais de 260 delas, a maioria da Rússia.

Os destroços da estação espacial Mir, por exemplo, estão lá. Ela foi lançada ao espaço em 1986 e recebeu diversos cosmonautas russos e visitantes de várias nacionalidades. Com uma massa de 120 toneladas, a estação não conseguiria queimar completamente na atmosfera. Por isso, ela foi direcionada à região em 2001 e chegou a ser vista por alguns pescadores locais como uma bola de destroços

Controle

Ao retornar à Terra, o módulo que leva suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) entra em combustão sobre essa região, incinerando também o lixo que traz da Estação.

Essa desintegração controlada de satélites e módulos espaciais em nossa atmosfera não causa perigo para ninguém. A região desse polo de inacessibilidade também não costuma ser frequentada por pescadores, porque as correntes oceânicas não passam pela área e, portanto, não levam nutrientes para lá, o que torna escassa a vida no local. Uma das futuras visitantes desse ponto isolado será a própria Estação Espacial Internacional.

Os planos atuais preveem que ela seja desativada na próxima década e seja conduzida para o polo oceânico de inacessibilidade. Com uma massa de 450 toneladas - quatro vezes mais que a da estação russa Mir -, sua volta à Terra provavelmente será um acontecimento espetacular.

No entanto, nem sempre é possível conduzir um satélite ou estação espacial para o sul do oceano Pacífico, pois os controladores podem perder contato com ele.

Foi exatamente isso o que aconteceu com a estação espacial Salyut 7, em 1991, que caiu na América do Sul, e também com a Skylab, primeira estação espacial americana, que atingiu a Austrália em 1979. Ninguém foi ferido e, até onde se sabe, ninguém jamais foi atingido por algum pedaço de um módulo espacial desativado.

No ano que vem, esse problema se repetirá. Entre os meses de janeiro e abril, a estação chinesa Tiangong-1 voltará à Terra, em sua última viagem. Ela foi lançada em 2011, como a primeira estação espacial da China. No ano seguinte, recebeu a visita da primeira mulher astronauta chinesa, Liu Yang.

A órbita da Tiangong-1 vem declinando à medida que ela se aproxima do ponto de reentrada na atmosfera terreste. Mas os engenheiros chineses perderam o controle de sua trajetória e não estão conseguindo ligar seus propulsores para guiá-la até o Pacífico Sul.

Com isso, calculam que a estação irá cair na Terra em algum local entre as latitudes do norte da Espanha e o sul da Austrália. Não será possível ter uma localização mais precisa de sua queda até poucas horas antes da Tiangong-1 entrar em combustão. Mas o mais provável é que ela não se junte a suas companheiras no "cemitério de satélites". (Fonte: G1).

Um grande abraço a todos

Ari

28 outubro 2017

Sabedoria Milenar!

Beda nos ensina que há três caminhos para o fracasso: 


             - Não ensinar o que se sabe; 


             - Não praticar o que se ensina; 


             - Não perguntar o que se ignora.


Um grande abraço a todos e bom final de semana.

Ari

26 outubro 2017

Ela não sabia o que era "Liberdade"!

Yeonmi Park, puxada pelas mãos de sua mãe, fugiu da Coreia do Norte com 13 anos de idade.  No livro “Para Poder Viver” (Companhia das Letras – 2016) ela relata as atrocidades sanguinárias, cometidas pelo governo central no dia a dia de seu pais natal.

Capa do Livro: Para Poder Viver

Yeonmi não sonhava com a liberdade porque não sabia o que era isso, mas sua família sabia que fugir era a sua única maneira de sobreviver às doenças, à fome e à repressão constante e permanente. Precisava lutar pela vida.

Ela inicia narrando como era a vida em sua infância no país mais sombrio do mundo. Em seguida, testemunha sua fuga, aos treze anos, pelo submundo chinês de traficantes e contrabandistas. Seu périplo pela China através do deserto de Gobi até a Mongólia, guiada pelas estrelas, em direção à Coreia do Sul.

Ela nos mostra quanto e como a corrupção e os interesses individuais, quando colocados à frente dos interesses coletivos, são prejudiciais a todos os cidadãos de uma comunidade. 

Antes de atingir a maioridade, Yeonmi acumulou experiência suficiente para encantar as gerações do mundo inteiro, relatando as suas experiências, denunciando a violência cometidas pela ditadura Norte-correana e contribuindo com a organização Liberty in North Korea (LiNK), que resgata refugiados norte-coreanos na China, para restabelecê-los na Coreia do Sul e nos Estados Unidos.

Yeonmi Park hoje vive em Nova York. Vale muito ler seu livro.

Um grande abraço a todos.

Ari

25 outubro 2017

Qual a origem do primeiro semáforo de trânsito no mundo!

O congestionamento de carros e pessoas é recorrente em cidades. A organização desse tráfego, porém, nem sempre foi organizada tal como a conhecemos hoje. Durante o século 19, em Londres, as carruagens com cavalos eram um dos principais meios de locomoção que se popularizou. 

Foi nesse período que o semáforo foi inventado. De acordo com teorias da época, tudo começou em 1865, quando o engenheiro John Peake Knight abordou um comissário de polícia com um projeto. Knight pensou em uma invenção capaz de organizar e evitar acidentes de trânsito em Londres. Durante o século 19, a invenção de Knight foi pensada para organizar as carruagens puxadas por cavalos, que passaram a lotar as ruas de Londres antes da popularização dos carros.  

O semáforo de Knight era manipulado por guardas de trânsito, que se revezavam em turnos para operá-lo. Um mês após o início de seu funcionamento, aconteceu um acidente. Um vazamento de gás de uma das lâmpadas explodiu, matando um dos policiais que gerenciava a invenção, como conta o site Artsy. 

Após o acidente, os inventores da época desistiram da ideia de Knight e só a retomaram em 1910 quando o americano Ernest Stirrine idealizou outro projeto para o semáforo. Ele patenteou a ideia, que passou a ser usada para organizar o trânsito dos carros na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. 

A invenção de Stirrine consistia em um semáforo de duas torres, com os escritos “proceed” (continue, em português) e “stop” (pare, em português) que girava a partir de uma manivela, sem combustível ou eletricidade.

Após a ideia inicial de Knight, dezenas de invenções surgiram no século 20. Muitos engenheiros chegaram a patentear seus projetos e é por isso que existem tantos outros tipos de semáforo a depender do local. 

O título de primeiro semáforo eletrônico não é certo. Mas uma das teorias mais bem aceitas é de que o responsável pela criação foi o policial Lester Farnsworth Wire, em 1912. 

O semáforo de Lester é o que mais se assemelha com o que usamos nos dias de hoje: seu design é de uma torre acoplada a uma caixa de metal com apenas lâmpadas de duas cores: uma verde e outra vermelha. Para evitar mais acidentes, a cor amarela foi implantada anos depois. 

Aprimorado com o passar do tempo, outras invenções foram surgindo para facilitar e organizar o trânsito nas cidades. De acordo com o Departamento de Transporte dos Estados Unidos, o semáforo para o pedestre começou a ser testado em 1930. 

Patenteado pelo americano John S. Allen, sua invenção consistia em uma mão aberta que acendia a palavra “walk” (ande, em português) e “don’t walk” (não ande, em português).

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o bairro do Brás, em São Paulo, foi o primeiro a receber um semáforo no estado. Instalado em 1935, a invenção chegou quando a indústria automobilística se popularizou e o número de acidentes crescia no país. (Fonte: Naiara Albuquerque - https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/20/Qual-a-origem-do-primeiro-sem%C3%A1foro-de-tr%C3%A2nsito-no-mundo).

Um grande abraço a todos.

Ari

24 outubro 2017

Em SC, 16 municípios gastam mais com vereadores do que arrecadam!

Tudo que 16 cidades catarinenses conseguem arrecadar com impostos em um ano é insuficiente para bancar suas próprias câmaras de vereadores. Os dados são de um recorte feito pelo DC com base em um estudo nacional do Sebrae e da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), que considera a arrecadação dos municípios e exclui as transferências obrigatórias do governo federal. No país, 706 vivem nesta situação.

Entre os catarinenses, a pior relação entre receita e despesa legislativa está em Celso Ramos, cidade de 2,7 mil habitantes no Planalto Serrano. A Câmara de Vereadores consumiu R$ 603 mil em 2016, enquanto a receita própria foi de R$ 361 mil. O restante da verba municipal, R$ 17,8 milhões, veio de transferências. O maior gasto per capita com vereadores, contudo, foi registrado em Lajeado Grande, no Oeste, onde cada habitante desembolsou R$ 500 em 2016 para manter o parlamento local. Questionada, a casa legislativa limitou- se a dizer que não descumpriu a lei. A Câmara de Celso Ramos foi contatada, mas não retornou.

Apesar do flagrante desequilíbrio, Lajeado Grande, Celso Ramos e as outras 14 cidades catarinenses estão dentro da legalidade. Pela Constituição Federal, o duodécimo, como é chamado o repasse ao Legislativo, é uma porcentagem da receita total dos municípios e varia conforme a população.

Para cidades com até 100 mil habitantes, o limite é de 7% sobre a receita – incluindo as transferências federais obrigatórias. É o caso das cidades catarinenses que apareceram no levantamento: todas têm menos de 8,8 mil habitantes.

Para o presidente do Observatório Social do Brasil (OBS), Ney Ribas, essa forma de calcular o duodécimo – com base na receita total e não na própria – acaba incentivando despesas maiores. Mesmo assim, é possível reduzir o valor com pressão popular.

– É comum termos a lei orçamentária anual (LOA) aprovada com valores superestimados propositadamente para propiciar uma falsa expectativa de receita e, por conseguinte, um orçamento irreal. Um exemplo inédito em SC é o de Tubarão, onde um projeto de iniciativa popular, liderado pelo Observatório Social, foi acatado e aprovado por unanimidade pela câmara, reduzindo o duodécimo em 43% (R$ 4,7 milhões) do valor inicialmente estimado – explica.

Vereadores Voluntários

Para o Sebrae e CACB, reduzir o desequilíbrio das contas passa por cortar gastos legislativos. A proposta dos autores do estudo é que o trabalho de vereadores deixe de ser remunerado. A maior parte da despesa das câmaras é com a folha de pagamento, que abocanha, em média, 60% da verba. 

Não é exatamente uma novidade. No Brasil, em 1967, houve limitação à remuneração desses parlamentares, e só os das capitais e de cidades com mais de 100 mil habitantes recebiam salários. Em 1969, o limite mudou para municípios com mais de 300 mil habitantes. O assunto voltou à pauta nacional em 2012, quando o ex-senador Cyro Miranda (PSDB-GO) fez uma proposta de emenda à constituição (PEC) que sugeria o fim do salário para vereadores de cidades com até 50 mil pessoas. A PEC 35/2012 acabou arquivada no ano seguinte.

O advogado e doutor em Direito pela USP Marcelo Machado, que à época defendeu a proposta, acredita que a autonomia de quem exerce a função sem remuneração é maior.

– Isso é a metáfora do Brasil: o povo trabalhando e pagando impostos para que o Estado banque a si próprio. Em outros países, a função de conselheiro municipal (equivalente a vereador) é uma coisa que fazem de bom grado, em prol da sociedade – diz.

A câmara de Frei Rogério – a única entre as 16 que respondeu o questionamento sobre vereadores voluntários – se declarou favorável à proposta, mas questiona se, com o alto nível de corrupção do país, a economia chegaria ao cidadão. (Fonte: http://clauderio.blogspot.com/2017/10/16-municipios-de-sc-gastam-mais-com.html#ixzz4wNLqFGFB)


Um grande abraço a todos.

Ari

A Vida Não é Justa - III

Trecho do livro “A Vida Não é Justa” de Andrea Maciel Pachá,  juíza da vara de família em Petrópolis – Rj, relatando parte de audiência onde um menino queria regularizar seus documentos e a burocracia do Estado não lhe permitia:

“— Qual é o problema que você tá tentando resolver?

    — Ontem, fui buscar uma cesta básica na Secretaria, e, quando eu tava voltando, uns PMs me pararam e acharam que eu tava roubando a cesta. Mostrei minha carteira de trabalho e só tem meu nome. Tô tentando há mais de ano resolver o resto e todo dia me mandam voltar depois. Agora inventaram que eu tenho que fazer um exame pra provar quando eu nasci”.

Nada mais perverso do que o absurdo de submeter um ser humano a exigências obtusas. A rede legal de proteção é para ser usada a favor do cidadão, e não se pode transformar em suspeito um menino que jamais protagonizou sua vida nem possui instrumentos mínimos de inserção social.

Gabriel afirmava no seu pedido inicial que era filho de Maria da Silva, não sabia quem era seu pai e nascera em Petrópolis no dia 20 de dezembro de 1991”.

Um grande abraço a todos.


Ari

23 outubro 2017

Soltura experimental de peixes!

Como parte do Programa Experimental de Estocagem de Peixes das Usinas Hidrelétrica de Itá e de Machadinho, foi realizada a soltura de 9,5 mil peixes, juvenis e adultos. O Programa faz parte de uma parceria entre Epagri - Estação Experimental de Caçador e Universidade Federal de Santa Catarina, através do Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce (UFSC/LAPAD).

A soltura foi realizada no dia 19 de outubro de 2017 no Balneário de Marcelino Ramos (reservatório da Usina Hidrelétrica de Itá) e no Centro de Referência em desenvolvimento Sustentável (CRDS), em Piratuba (reservatório da Usina Hidrelétrica de Machadinho).

Além dos pesquisadores da Epagri e da UFSC envolvidos no programa, estavam presentes no local os Gerentes das Usinas de Itá e de Machadinho, bombeiro local, entidades ligadas ao meio ambiente, alunos de escolas públicas da região, professores e extensionistas locais.

Foram soltos seis mil juvenis de piavas e três mil juvenis de grumatãos nos lagos de Machadinho e Itá e 50 peixes adultos de suruvi no lago de Itá.

A espécie piava foi produzida na Unidade de Piscicultura da Estação Experimental de Caçador, sob a coordenação dos pesquisadores, biólogo Raphael de Leão Serafini e do médico veterinário Álvaro Graeff, a partir da reprodução de indivíduos da primeira geração de matrizes selvagens capturados no alto rio Uruguai.

As demais espécies foram produzidas também a partir de matrizes selvagens no Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce (LAPAD/UFSC) sobre a coordenação dos professores Evoy Zaniboni Filho e Alex Pires de Oliveira Nuñer.

Segundo o pesquisador Raphael, todos os indivíduos soltos receberam uma marcação química que produz uma marca fluorescente nas estruturas ósseas (raios das nadadeiras, etc) visível sob microscópio, permitindo o acompanhamento dos resultados dessa soltura através da recaptura dos indivíduos soltos.

“Os peixes recapturados podem ser consumidos, porém para o acompanhamento da pesquisa é importante que algumas estruturas desses peixes sejam guardadas, juntamente com os dados da data e local da captura”, afirma Raphael. “Pode ser apenas um pedaço de nadadeira, que deve ser armazenado no freezer ou congelador para que posteriormente seja recolhido pela equipe de pesquisa e analisado”, conclui.

Para o gerente da Epagri, Renato Vieira, além do programa ter um apelo educativo-ambiental, garantirá também a sobrevivência de espécies em processo de extinção, como o suruvi.  “Além disso, deve contribuir para garantir, a médio e longo prazo, a recomposição das populações dessas espécies nativas na bacia do rio Uruguai”. (Fonte:Caçador Online -   http://www.cacador.net).

Um grande abraço a todos

Ari

A Vida Não é Justa - II

Trecho do livro “A Vida Não é Justa” de Andrea Maciel Pachá,  juíza da vara de família em Petrópolis – Rj, relatando parte de audiência de retomada de um casamento fracassado até então por causa da depressão da mulher:

“Pior do que o estado da vítima é o julgamento fácil das pessoas próximas. Mesmo sem intenção, elas acabam por transferir para o deprimido a culpa pela doença, como se, num processo depressivo, alguém fosse capaz de reagir e mudar o rumo da vida. Como se, ao entrar naquele buraco escuro e sem fim, a pessoa o tivesse feito por vontade própria.

Deve ser a dificuldade de olhar nos olhos da tristeza. Ninguém tem o direito de fazer o outro infeliz com suas angústias, principalmente numa sociedade que tenta blindar qualquer contrariedade, limitação ou dor”.

Um grande abraço a todos.

Ari

22 outubro 2017

A Vida Não é Justa - I

Trecho do livro “A Vida Não é Justa” de Andrea Maciel Pachá,  juíza da vara de família em Petrópolis – Rjl relatando parte da audiência de separação de 2 jovens: Menina com 15, menino com 18 anos.

“ Casamento não é emprego e não tem indenização para rescisão com ou sem justa causa.

 Suspeitei que pudesse ter sido grosseira e tentei aliviar:

    — Vocês são muito jovens e, seguramente, viverão outros relacionamentos. Vale a pena refletir sobre o que vocês esperam de um casamento. Se quiserem lucro e rentabilidade, é melhor procurar uma franquia bem-sucedida.

Casar, do ponto de vista econômico, é o pior investimento que alguém pode fazer. Só perde para a separação. O que entra para uma casa tem que ser dividido por dois.

Não tem matemática que transforme isso num bom negócio.

O casamento não é um projeto de vida em condomínio. Como qualquer aplicação de altíssimo risco, não tem seguro que cubra o seu fim.”.

Um grande abraço a todos.


Ari

21 outubro 2017

Japão descobre caverna na Lua.

Cavidade subterrânea possui 50 quilômetros de extensão e pode servir para instalação de base espacial.

Pesquisadores da agência japonesa de exploração espacial (Jaxa) descobriram uma imensa cavidade subterrânea de 50 quilômetros de extensão na Lua, que alguns especialistas dizem que pode um dia servir para instalar uma base espacial.

Os dados da sonda de observação lunar japonesa Selene confirmaram a existência desta gruta, de 100 metros de largura e 50 quilômetros de extensão, que pode ter sido um túnel de lava vulcânica há 3,5 bilhões de anos.

"Acreditávamos que houvesse lugares como este, mas ainda não havíamos confirmado", declarou Junichi Haruyama, pesquisador da Jaxa, à AFP, nesta quinta-feira. Localizado sob a área das colinas Marius, eEste enorme túnel poderia proteger os astronautas de variações de temperatura significativas e da radiação perigosa à qual estão expostos na superfície lunar, explicou Haruyama.

"Ainda não vimos o interior da caverna e esperamos que sua exploração nos dê mais detalhes", acrescentou. Em junho passado, o Japão anunciou um projeto para enviar um astronauta para a Lua em 2030. A primeira etapa do projeto consiste em participar de uma missão da Nasa (a agência espacial americana) para construir uma estação espacial em órbita em torno da Lua em 2025.

Já os Estados Unidos querem voltar para a Lua no âmbito de um programa de longo prazo, com o objetivo de enviar astronautas a Marte em 2030. A empreitada contaria com a participação de outras agências espaciais

Um grande abraço a todos.

Ari

20 outubro 2017

Preocupante. Detectada queda na população de insetos voadores!

A queda no número de insetos preocupa porque foi identificada em reservas naturais da Alemanha, onde as espécies deveriam estar protegidas. A população de insetos está diminuindo drasticamente. Pelo menos tem sido assim nas últimas quase três décadas na Alemanha.

Um estudo feito em 63 áreas de proteção ambiental indica que, desde 1989, a redução foi de mais de 75% e comprova a suspeita de cientistas, que há anos estavam à procura de evidências empíricas de que o número de insetos que voam está em declínio.

As causas, contudo, ainda são incertas. Não se descarta, contudo, o efeito do uso de pesticidas e adubo na agricultura como um dos possíveis fatores dessa queda em grande escala.

Caspar Hallmann, da universidade holandesa Radboud, afirma que os achados da pesquisa confirmam o chamado "efeito para-brisa". "Confirmam o sentimento que todo mundo tinha: o do efeito para-brisa no qual você, à medida que o tempo passa, vê cada vez menos insetos batendo no vidro da frente do carro", observa.

O pesquisador diz que esse é o primeiro estudo que observou toda a população de insetos voadores e coletou evidências que indicam uma drástica redução.

Os dados incluem informações de milhares de insetos diferentes, como por exemplo abelhas, borboletas e mariposas. O declínio da população foi observado em diferentes condições. Cientistas acreditam que variáveis como habitat, uso da terra e do clima não interferiram na queda.

Por isso, os pesquisadores salientam a importância de adotar medidas conhecidas por atrair insetos, como uso de polonizadores, e estratégias capaz de minimizar os danos da agricultura intensiva. Também dizem ser necessário identificar rapidamente as possíveis causas e a extensão do declínio em cada uma das populações de insetos aéreos.

"Ainda não sabemos exatamente quais são as causas", disse Hans de Kroon, também pesquisador da Universidade Radboud, que supervisionou o estudo.

Ele afirmou que o estudo mostra como é importante ter um monitoramento eficiente. "Precisamos de mais pesquisas olhando para as causas, isso é nossa prioridade", destacou.

As evidências apontadas pelo estudo são ainda mais preocupantes porque foram observadas em reservas naturais, onde, em tese, insetos deveriam estar protegidos, assim como outras espécies.

"A agricultura moderna é um proporciona um ambiente hostil para insetos. É como um deserto, se não for pior", argumentou De Kroon. Ela afirmou que a redução da população está bem documentada. "A grande surpresa é que também está acontecendo em áreas de reservas naturais", diz o cientista.

A morte em massa de insetos que voam afeta todo o ecossistema. Eles são fontes de alimentos para muitos pássaros, anfíbios, morcegos e répteis, e plantas dependem deles para a polinização.

O declínio apontado nas reservas alemãs, publicado na revista acadêmica Plos One, é mais severo que o identificado em estudos anteriores em outros países.

Pesquisas com insetos de quarto lugares distintos do Reino Unido entre 1973 e 2002 identificaram redução em apenas um desses locais. (Fonte: Helen Briggs - BBC News).

Um grande abraço a todos.

Ari

19 outubro 2017

Os Sintomas Menos Conhecidos do Câncer de Mama.

O dia 19 de outubro marca o Dia Internacional contra o Câncer de Mama, doença que afeta centenas de milhares de pessoas em todo mundo - no Brasil, 57 mil casos foram diagnosticados em 2014, segundo as mais recentes estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A doença pode ser detectada em suas fases iniciais na maioria dos casos, o que cria mais chances de tratamento e cura - que podem chegar a 95% de acordo com alguns especialistas.

Há uma lista de 12 sinais que podem indicar algo de errado, mas que não necessariamente significam a presença da doença.

- Engrossamento da pele
- Sulco na mama
- Crostas no mamilo
- Secreção mamilar
- Irritação ou dores
- Afundamento do mamilo
- Crescimento de veias
- Protuberâncias
- Úlceras
- Mudanças na textura da pele que a deixam parecida com "casca de laranja"
- Mudança de forma e/ou tamanho
- Nódulos

Daí a importância de observar possíveis sintomas e de procurar o médico em caso de observação de qualquer mudança incomum nos seios. (Fonte: G1).

Um grande abraço a todos.

Ari

Desigualdade das mulheres ameaça desenvolvimento mundial!

Mulheres estudam menos, ganham menos e têm mais probabilidade de ficarem desempregadas, aponta relatório da ONU.

O aumento das desigualdades e falhas na proteção dos direitos das mulheres, em especial as mais pobres, são grandes ameaças ao cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, de acordo com o novo relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), divulgado mundialmente nesta terça (17/10/17).

Em mais de 140 países analisados, as mulheres enfrentam desigualdade não apenas financeira, mas especialmente na saúde e na garantia de direitos sexuais e reprodutivos, o que acarreta consequências em praticamente todos os sentidos.
De acordo com as conclusões do relatório, intitulado “Mundos Distantes: Saúde e direitos reprodutivos em uma era de desigualdade”, a situação enfraquece o progresso dos países e ameaça inclusive a paz e o desenvolvimento econômico global.

A demanda de planejamento reprodutivo não atendida nos países em desenvolvimento afasta mulheres do mercado de trabalho e reduz seus rendimentos. Entre os dados apontados, é verificado que, em pelo menos 34 países, a disparidade aumentou entre 2008 e 2013, com a renda dos 60% mais ricos da população crescendo mais rapidamente do que a dos 40% nas camadas inferiores. Além disso, dos 142 países cobertos pelo índice em 2016, em 68 a disparidade de gênero se mostrou maior que a do ano anterior.

As mulheres têm ainda mais probabilidade de ficarem desempregadas do que os homens. No mundo todo, 6,2% das mulheres estão desempregadas, em comparação aos 5,5% dos homens. As maiores diferenças no desemprego de homens e mulheres estão no norte da África e nos Estados Árabes. Nas duas regiões a taxa de desemprego de mulheres jovens (44%) é quase o dobro da taxa para homens jovens.

Outro fator apontado é que, globalmente, mulheres ganham 77% do que os homens ganham, e se as tendências atuais continuarem, levará mais de 70 anos até que a disparidade de salário por gênero seja eliminada.

Também na educação, que pode levar a melhores condições de trabalho e desenvolvimento econômico - pessoas analfabetas ganham até 42% a menos que suas contrapartes alfabetizadas -, mulheres sofrem desvantagem: da população mundial estimada de 758 milhões de adultos analfabetos, cerca de 479 milhões são mulheres e 279 milhões são homens.

Outro aspecto negativo é a questão da proteção. Quarenta e seis das 173 economias analisadas em um relatório do Banco Mundial em 2015 não tinham qualquer lei contra violência doméstica, enquanto 41 não tinham leis sobre assédio sexual.

Estender assistência pré-natal e materna essencial às mulheres mais pobres e atender a demanda de planejamento reprodutivo estão entre recomendações da ONU.

Em suas conclusões, o relatório propõe 10 ações para um mundo mais igualitário, incluindo cumprir compromissos e obrigações com direitos humanos de tratados e convenções internacionais, derrubar leis e normas discriminatórias e que possam impedir que mulheres tenham acesso a informações e serviços de saúde sexual e reprodutiva, estender assistência pré-natal e materna essencial às mulheres mais pobres e atender a demanda de planejamento reprodutivo.

Outras medidas indicadas são oferecer garantia de renda básica e serviços essenciais, inclusive relacionados à maternidade, eliminar obstáculos econômicos, sociais e geográficos ao acesso de ensino para meninas e mulheres, acelerar transição de empregos informais para formais e eliminar situações de desigualdade através de políticas públicas, entre outras. (Fonte – G1).

Um grande abraço a todos.

Ari

18 outubro 2017

Miguel 1º, o Romanov que iniciou dinastia plantando flores!

O fundador da dinastia Romanov é pouco conhecido não apenas no exterior, mas também na Rússia. Um cidadão russo comum provavelmente ficaria intrigado quando questionado sobre o tsar Miguel 1º, porque pouco ensinam sobre ele na escola.

Os mais interessados em história podem citar, no entanto, que seu nome está relacionado com o fim do Tempo de Dificuldades. A ascensão de Miguel ao trono em 1613 pôs, de fato, um ponto final à desordem que durava mais de uma década.

À primeira vista, Miguel parecia ser um candidato estranho ao trono. Era bastante jovem (tinha apenas 16 anos) e pouco conhecido na época, embora os Romanovs fossem uma antiga família de boiardos (aristocratas) de Moscou – o primeiro registro da família pertence a Andrêi Kobila, ainda na primeira metade do século 14.

Mas a verdade é que os Romanov mantinham relações com a Dinastia Rurik, que governou a Rússia desde a Idade Média, e a tia-avó de Miguel, Anastassia, fora a primeira e mais querida esposa de Ivan, o Terrível. E isso fortaleceu sua posição.

Miguel foi eleito pelo Zemsky Sobor (Assembleia da Terra), um órgão similar aos parlamentos modernos. Até mesmo representantes dos camponeses participaram das eleições de Miguel – um fator extraordinário para regimes imperiais. O Zemsky Sobor era convocado quase que anualmente no reinado de Miguel, em uma época marcada pelo auge do absolutismo nos países ocidentais. Mas era necessário amplo apoio da sociedade, pois o país havia sido devastado por inúmeras guerras e conflitos civis.

No fim das contas, foi precisamente a pouca idade de Miguel e a relativa obscuridade que o ajudaram a ser eleito. Ele era visto como um governante fraco, o que era importante para agradar as poderosas famílias de boiardos. “Vamos escolher Miguel. Ele é jovem e tem uma mente imatura”, disse um nobre durante as eleições.

O jovem tsar conseguiu manter harmonia e coesão social ao longo de seu reinado, que durou três décadas. Suas qualidades pessoais contribuíram para o sucesso de seu governo, e ele é lembrado como uma pessoa delicada e gentil. Segundo o historiador Serguêi Soloviov, essas características ajudaram a consolidar a autoridade do tsar. Ainda assim, durante a maior parte de seu governo, Miguel não foi a única autoridade. Ao subir ao trono, sua mãe, Marfa, colocou-se à frente. Já seu pai, Filaret, tornou-se cogovernante após retornar da Polônia, onde era mantido como prisioneiro. Embora fosse considerado Patriarca, em documentos, era chamado de o “Grande Soberano”. 

A influência de sua mãe era tão grande que Miguel não conseguia escolher sua esposa. Três anos após a coroação, uma cerimônia foi realizada no Kremlin.
Embora a mãe de Miguel já tivesse sua favorita, o tsar ousou escolher outra – a filha de um boiardo, chamada Maria Khlopova. Mas, após três dias, a moça ficou repentinamente doente, e os médicos da corte concluíram que ela não poderia ter filhos. Khlopova foi exilada, apesar de, mais tarde, ser atestada como saudável.

Alguns anos depois, Mikhail organizou outro baile para selecionar uma noiva e novamente surpreendeu sua mãe ao escolher uma jovem de uma família nobre, porém modesta. O jovem tsar mostrou toda a sua força e foi, enfim, contra a vontade de sua mãe. Por ironia do destino, teve um casamento feliz e bastante duradouro.

Segundo relatos da época, Miguel gostava muito de flores e costumava importar espécies. Sob seu governo, surgiram pela primeira vez na Rússia os jardins de rosas.

O tsar, no entanto, não introduziu apenas flores do Ocidente – também convidou estrangeiros para estabelecer indústrias. Um deles, o holandês Andries Winius, organizou a produção de ferro e canhões perto de Tula. Desde então, essa cidade se tornou um dos principais centros de fabricação de armas na Rússia.

Alguns historiadores alegam que, ao importar tecnologias, Miguel iniciou a europeização da Rússia, cujo impulso maior foi dado durante o reinado de seu neto, Pedro, o Grande. A maior conquista de Miguel, entretanto, foi restabelecer a ordem e consolidar o país, então destruído pelos muitos conflitos do Tempo de Dificuldades. (Fonte: Aleksei Timofeitchev - https://br.rbth.com/historia/79242-miguel-romanov-dinastia-paz-flores)

Um grande abraço a todos.

Ari

17 outubro 2017

11 Países Africanos Estão Construindo Uma Muralha de Árvores.

A África está construindo um muro gigante – de árvores.

A barreira cruza o continente de leste a oeste - e o território de 11 países - e faz parte de uma tentativa de mitigar os efeitos de mudanças climáticas.

O plantio de árvores teve início em 2007 e o objetivo é fazer com que o muro atinja 8 mil km de comprimento e 15 km de largura.

Até agora, Senegal é o país que fez o maior progresso, com 11 milhões de árvores.

De acordo com Absaman Moudouba, líder de um vilarejo do sul do país que fica nas cercanias da chamada Grande Muralha Verde, o projeto está revertendo a desertificação.
“Quando não havia árvores, o vento escavava e desgastava o solo. Mas está mais protegido agora. As folhas viram compostagem e a sombra aumenta a umidade do ambiente - e assim há menos necessidade de água”, afirma.

“Antes, havia fome e seca generalizadas aqui. Então, começou a plantação de árvores e depois um jardim onde as mulheres fazem a cultura agrícola. Antes, as pessoas costumavam migrar, mas agora elas só seguem a linha da Grande Muralha Verde em busca de emprego. Elas não partem mais”, diz Moudouba.

O projeto começou em 2007 e o custo estimado é de U$8 bilhões (R$25 bilhões). Apesar de estar anos distante de ser finalizado, o Banco Mundial, a ONU, a União Africana e os Jardins Botânicos do Reino Unido seguem na busca de fundos para continuar o plantio. (Fonte: Bbc Brasil -  http://www.bbc.com/portuguese/41610209?ocid=socialflow_twitter).

Um grande abraço a todos.

Ari

16 outubro 2017

Desigualdade é Teimosia Social!

Desigualdade não é uma contingência ou um acidente qualquer. Também não é uma decorrência “natural” e “imutável” de um processo que não nos diz respeito. Ao contrário, ela é consequência de nossas escolhas – sociais, educacionais, políticas, culturais e institucionais – que têm resultado numa clara e crescente concentração dos benefícios públicos.

Nossa persistente desigualdade não provoca apenas a acumulação de renda nas mãos de um grupo limitado; faz com que a saúde e a educação de qualidade virem benefícios para poucos. Segundo dados colhidos pelo IBGE, em conjunto com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) – que analisaram as condições de vida dos brasileiros – a fatia da renda nacional apropriada pelos 10% mais ricos caiu nos últimos anos de 46% para 41%. No entanto, o pedaço dos 50% mais pobres cresceu de 14% para 18%.

Já as pesquisas de Marc Morgan Milá, um economista irlandês e discípulo de Thomas Piketty, indicam que os governos brasileiros, na prática, jamais optaram por enfrentar a desigualdade social no Brasil. Segundo o investigador, ela é maior do que se supunha, com uma imensa concentração de renda retida no topo da pirâmide social. Segundo a investigação, o grupo que representa os 10% mais ricos da nossa população acumula mais da metade da renda nacional. Dentre os anos de 2001 e 2015, essa fatia da população teria visto sua renda crescer de 54% para 55%.

Segundo os cálculos de Morgan, a renda apropriada pelos 50% mais pobres também subiu nos últimos anos; de 11% para 12% do total. No entanto, 40% da população brasileira encolheu sua renda de 34% para 32%.

O fato é que os novos estudos confirmam como o Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do mundo. Assinalam também o alto grau de concentração econômica. Segundo dados da mesma pesquisa, o estrato mais rico da população, que corresponde a apenas 1% dos brasileiros, abocanha 28% da renda nacional. Realizando um paralelo com outros países, o pesquisador irlandês revelou como nos EUA as elites apreendem 20% da renda e, na França, 11%. E ainda: se na França a renda anual dos grupos que se encontram dentre os mais ricos é inferior a R$ 925 mil, no Brasil, a renda média anual desses setores chega a valores equivalentes a R$ 1 milhão.

Não sou economista, e apenas reproduzo parte destes dados com o objetivo e comprovar como o Brasil – passados quase 30 anos da promulgação da Constituição de 1988, que previu a distribuição da riqueza por intermédio da educação, da saúde, do saneamento – continua sendo um país muito injusto e desigual.

Mais ainda. O que uma série de investigações vêm evidenciando é como a carência no oferecimento de uma educação de base de qualidade tem a capacidade de aguçar a desigualdade e nossa intolerância social. Índices do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do DataFolha mostram que a sociedade brasileira, numa escala de zero a dez, atinge atualmente um índice de 8.1 na tendência a endossar posições mais autoritárias. Segundo Renato Sérgio de Lima, diretor presidente do FBSP, estamos diante de uma maioria que advoga o uso da violência como forma de governo, e, paradoxalmente, julga que essa seria a melhor maneira de “pacificar a sociedade numa espécie de vendeta moral e política”. E quanto menor o índice de escolaridade, maior a aposta em soluções autoritárias e pouco afeitas ao diálogo.

Todos esses dados parecem sinalizar que a resposta para a crise política, econômica, social e cultural em que nos encontramos, só poderá vir de um projeto de nação mais inclusivo e igualitário. A aposta numa formação educacional sólida, ampla e equânime é promessa de futuro  –  bem sei. Mas traz consigo um sopro de utopia que tem a capacidade de abalar o ceticismo que se abateu entre nós. A boa utopia de uma sociedade mais informada, leitora, crítica mas também capaz de dialogar.

A desigualdade deteriora a malha social e tem a capacidade de vilipendiar as nossas instituições republicanas. (Lilia Schwarcz - https://www.nexojornal.com.br/).

Um grande abraço a todos.

Ari

13 outubro 2017

Homem é libertado após passar 23 anos preso por erro nos EUA

Um homem de 41 anos condenado por duplo homicídio de forma equivocada foi libertado nesta sexta-feira de uma penitenciária do Kansas, no centro dos Estados Unidos, após passar 23 anos preso. Cercado por câmeras de TV e jornalistas, Lamonte McIntyre abraçou sua mãe pela primeira vez como um homem livre em 23 anos.

Lamonte McIntyre - Foto Google


A ONG Injustice Watch revelou que as primeiras palavras de McIntyre, um homem negro, foram "é lindo aqui fora". Ele foi condenado quando tinha apenas 17 anos com base em depoimentos de testemunhas que depois se retrataram.

O novo promotor encarregado do caso disse nesta sexta-feira que a informação coloca em xeque a identificação de McIntyre como o assassino. "À luz desta informação meu gabinete está pedindo à Corte que determine que existe uma injustiça manifesta", declarou o promotor do condado de Wyandotte, Mark Dupree.

A investigação original sobre o tiroteio, ocorrido em pleno dia, jamais estabeleceu um vínculo entre McIntyre e as vítimas, segundo o Washington Post. "Ocorreu uma investigação apressada e superficial", disse Innocence Project, que ajudou a libertar McIntyre, que sempre alegou inocência. (Claudério Augusto/Correio do Povo).

É para refletir sobre a nossa justiça.

Abraço a todos. 

12 outubro 2017

Pingos no "I"

Sr. Presidente: não sou “i” para ter pingos colocados. Pare de se vangloriar e faça seu trabalho. Sem agressões. O povo merece coisa melhor!

Você que é inteligente vai entender.

Um grande abraço e bom final de semana a todos.

Ari

09 outubro 2017

Apae Fraiburgo

Hoje tive a honra de conhecer a ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DE  DOS EXCEPCIONAIS - Apae de Fraiburgo.

Depois de 35 anos de atuação em Fraiburgo, acompanhado da funcionária pública federal Tatiane Bartolomeu, fui ver o que la se faz e me surpreendi. 

Vi muito trabalho e muita dedicação em prol de todos os alunos que lá são acolhidos diariamente, não importando a idade que possuem (de 0 ao infinito). Todos são tratados com dignidade e carinho.

Visita a Apae Fraiburgo

Instalações antigas, misturadas com construções modernas, fazem daquela instituição um lugar agradável para os mais de 150 alunos que ali transitam e ali se tratam.

A equipe de profissionais, comandada pela sua presidente Gizele Bahr Bul, é altamente qualificada e trabalha com a alegria estampada no rosto, num ambiente que às vezes é difícil de ficar imune aos casos mais sérios de crianças com dificuldades de mobilidade ou de comunicação. 
Presidente da Apae Fraiburgo: Gizele Bahr Bul e sua Filha
A Apae Fraiburgo é mantida com recursos da comunidade, somados com alguma verba pública, sempre insuficiente frente aos grandes problemas que a Associação enfrenta diariamente. Eu não sabia que para ajudar a manter aquela instituição, não precisa muita coisa para nós, os ditos pais e amigos ditos "normais". 

Para colaborar com esta instituição maravilhosa, basta fazer um simples cadastro pessoal e contribuir com aquilo que você quer e pode dispor. Você não vai se arrepender.

Um grande abraço a todos.

Ari