FRAIBURGO

30 julho 2017

A História Por Trás da Icônica Foto de Albert Einstein Com a Língua de Fora!

Com o cabelo bagunçado, o bigode grosso e olhos bem abertos olhando diretamente para a câmera, Albert Einstein põe a língua para fora sentado no banco traseiro de um carro. Trata-se de uma das imagens mais famosas e irreverentes do físico alemão.

ARTHUR SASSE/NATE D. SANDERS AUCTIONS
A foto foi tirada em 1951, 
depois das celebrações de seu aniversário de 72 anos

A fotografia que revela o lado bem-humorado do criador da Teoria da Relatividade foi tirada em 1951 por Arthur Sasse, fotógrafo da agência de notícias United Press International (UPI).
O cientista acabava de sair do Princeton Club, espaço social da universidade americana de mesmo nome, onde havia celebrado seu aniversário de 72 anos. Estava acompanhado por Frank Aydelotte, diretor do Instituto de Estudos Avançados dos Estados Unidos, onde Einstein trabalhava, e pela esposa do diretor, Marie Jeanette.

O escritor francês Fred Jerome conta em seu livro The Einstein Files: J. Edgard Hoover's Secret War Against the World's Most Famous Scientist (Os Arquivos de Einstein. A Guerra Secreta de J. Edgard Hoover contra o Cientista mais Famoso do Mundo, em tradução livre) que o cientista posou pacientemente para os fotógrafos à sua espera na porta do clube.

Após a sessão, quando o prêmio Nobel de Física em 1921 se preparava para partir, Sasse se aproximou dele e pediu um sorriso para tirar a fotografia. Seja por cansaço ou farto da perseguição dos repórteres, conta Jerome, Einstein colocou a língua para fora, e Sasse foi suficientemente rápido para capturar o gesto.

Os editores da agência chegaram a hesitar em publicar a imagem, por receio de ofender o cientista, mas ela acabou sendo veiculada. Einstein não se importou e, na verdade, gostou tanto dela que produziu cópias - cortada para excluir seus acompanhantes - para dá-las autografadas a amigos.

A foto leiloada traz a assinatura do físico na margem esquerda: "A. Einstein. 51", o que indica que ela foi assinada pouco depois de ter sido registrada.

Segundo a casa de leilões Nate D. Sanders, a imagem está em boas condições. A diferença desta imagem para a maioria daquelas que Einstein deu a amigos - e por isso é tão valiosa - é que não foi cortada e mostra o contexto e os integrantes da foto original.

Um grande abraço a todos.

Ari

28 julho 2017

Medida Exata de 1 Quilo Vai Mudar em 2018

O Brasil vivia seus últimos dias de monarquia quando os cientistas definiram quanto vale, exatamente, 1 quilograma. Foi em setembro de 1889, na França. Esse padrão internacional vale até hoje, mas vai mudar em 2018.

O padrão atual é dado pela massa de um cilindro de metal, feito de platina e irídio, dois elementos químicos resistentes. É o Protótipo Internacional do Quilograma, ou IPK, que é armazenado perto de Paris desde 1889. A massa do IPK é, por convenção, o valor de 1 quilograma. Quando medimos algo, no fundo estamos comparando à massa desse cilindro.

Algumas cópias desse cilindro foram feitas e distribuídas em diferentes países, com medições periódicas para verificar se as massas continuam iguais. Mas elas variam ligeiramente, por impurezas na manipulação ou desgaste.

Apesar de as diferenças serem em uma escala muito pequena, é um problema porque cria uma instabilidade sobre quanto 1 quilograma pesa, exatamente. E exatidão interessa para a ciência.

Há outras medidas de massa (como libra e onça, usadas popularmente nos Estados Unidos) que são definidas em relação ao quilograma. O mesmo acontece para diversas unidades que medem outras grandezas — por exemplo, newton (que mede força), pascal (pressão) e ampère (corrente elétrica). Portanto, a medida precisa de quanto vale 1 quilograma também é importante para essas unidades. Há anos cientistas do Comitê Internacional de Pesos e Medidas, a mesma associação que armazena e cuida do IPK, concordaram que era preciso mudar o referencial para o quilograma de um objeto (cujas características mudam ao longo do tempo, causando imprecisões) para um conceito da física (valor que não muda).

Dentre os valores possíveis para ser o referencial do quilograma, foi escolhida a constante de Planck, que relaciona a frequência de uma partícula com a sua energia.

O problema é que agora o valor dessa constante precisa ser calculado com grande precisão, tarefa que está sendo feita no momento. Equipes distintas apresentarão seus resultados, com ligeiras (e inevitáveis) diferenças entre si. Um computador vai reunir esses números e estabelecer, por meio de complexos modelos matemáticos, um valor exato para a constante de Planck, que então será usado para definir o quilograma a partir de 2018.

Essas mudanças não interferem no dia a dia de pessoas comuns, mas são importantes para a ciência (especialmente para a metrologia, ramo que estuda as medidas) e áreas como o comércio internacional, que lida com pesagem em larga escala.(Fonte: www.nexojornal.com.br)

Um grande abraço a todos.



Ari

23 julho 2017

Reflexão!

Nunca vou me arrepender das muitas coisas erradas que eu fiz na vida, mas estou muito arrependido, das coisas boas e certas que eu fiz, para um montão de gente errada e que não merecia.

Abraço e boa semana.

Ari

A Delação Premiada de Pedro Malasartes!

Pedro Malasartes é podre de rico.

Fez fortuna, como a maioria dos brasileiros multimilionários, utilizando com liberalidade os costumeiros instrumentos de enriquecimento rápido de nossa elite: chantagem, fraude, corrupção, grilagem, intimidação, estelionato, sonegação, notas frias, troca e venda de favores, extorsão, agiotagem, formação de quadrilha e, quando não havia recurso mais barato, encomendando assassinatos e queimas de arquivo.
Em pesquisas recentes (2016), realizadas por órgãos internacionais, Malasartes foi eleito um dos 100 maiores canalhas brasileiros de todos os tempos.

Desde criancinha revelou inúmeros talentos para o exercício do poder, talentos que o transformaram em um de nossos mais brilhantes homens públicos.

Dentre eles destacam-se os seguintes:

01) Furar os olhos de passarinhos que pegava em arapucas, para que cantassem melhor;

02) Arrancar as asas de abelhas e moscas, que jogava vivas em teias de aranha, deliciando-se com os esforços inúteis dos prisioneiros para fugir;

03) Pregar tachinhas nas cadeiras das professoras, divertindo-se quando elas saltavam gritando de dor e espumando de ódio;

04) Transformar notas de 10 reais em notas de 100, usando tesoura, cola e canetas de cor, de modo a engabelar os simples e os humildes, que nunca percebiam o golpe e sempre levavam tinta;

05) Amarrar latas vazias no rabo de vira-latas, batendo neles em seguida para vê-los disparar ganindo aterrorizados;

06) Cortar o rabo de lagartixas, rabos que adorava ver se contorcendo como se vivos, e rir das lagartixas fugindo assustadas e cotós;

07) Derramar gasolina em gatos de rua e jogar fósforos acesos nos bichos: os miados de dor e medo eram como música para seus ouvidos ultrassensíveis;

08) Imitar cobras corais com pedaços de corda colorida e, nos lusco-fuscos das tardes domingueiras, arrastá-los na calçada, assustando velhinhas a caminho da igreja;

E muitas outras invenções alegres, engraçadas e torturantes, pois sua imaginação desconhecia limites.

Mas como tudo teve início logo após sair do útero materno, será pela mais tenra infância que começaremos esta longa biografia de nosso herói, pedindo paciência (e estômago forte) ao eventual leitor para este primeiro capítulo e os que virão a seguir.

POSSÍVEL ENQUETE POPULAR

Neste texto, propomos imaginar uma enquete entre os leitores do GGN, destinada a descobrir o que levou Malasartes a subir tão alto e tão depressa.

01) Foi o vereador mais jovem de sua cidade natal por que furava os olhos dos passarinhos?

02) Ganhou disparado a eleição para prefeito, logo na primeira tentativa, por que arrancava as asas de abelhas e moscas, jogando-as a seguir em teias de aranha?

03) Elegeu-se deputado estadual logo de cara por que botava tachinhas nas cadeiras das professoras?

04) Adquiriu seu primeiro latifúndio por transformar notas de 10 reais em notas de 100, assim engabelando os simples e os humildes?

05) Tornou-se o deputado federal mais votado de seu estado por amarrar latas no rabo de vira-latas?

06) Doutorou-se em Direito pela UnB por que cortava o rabo das lagartixas?

07) Tornou-se procurador da república por que derramava gasolina nos gatos de rua e jogava fósforos acesos em cima deles?

08) Elegeu-se deputado federal cinco vezes seguidas por imitar cobras corais com pedaços de corda colorida, assustando velhinhas a caminho da igreja?

09) Elegeu-se por comprar todos os votos necessários para as eleições?

10) Elegeu-se por que seus pais eram podres de ricos e pagavam regiamente os favores recebidos?

PRIMEIROS DIAS DO HERÓI

No exame de vida tão representativa de nossa conspícua elite nacional, não é possível queimar etapas. Assim, será nosso dever escrutinar com olhos de cientista exigente sua vida, de modo a obter uma visão tão ampla e panorâmica quanto possível.

Começando pelo começo, sabe-se que Malasartes nasceu de cinco meses no hospital Sírio-Libanês, pesando 250 gramas, e foi um deus nos acuda mantê-lo vivo. Sem medir esforços ou grana, seus pais trataram de buscar um pediatra em Nova Iorque e outro em Londres que, com muita dificuldade, deram conta do recado.

Passou os três primeiros meses na suíte-berçário, alimentado a leite de cotovia e ovas de esturjão, preparados por uma cozinheira finlandesa.

Logo que nasceu, e diante da esquisitice da criatura, a enfermeira-chefe sugeriu: “Joguem na parede. Se grudar, é bicho; se cair, é gente”.

Assim fizeram e a criatura, depois de ameaçar grudar na parede durante alguns minutos de tensão, usando os pequenos e avermelhados braços e pernas, acabou caindo.

– É gente – disse feliz a mãe.

– Pode ser, mas não parece – disse cético o pai.

– Boa sorte – disse a enfermeira-chefe, escapando rapidamente.

Durante esses meses, o pai se multiplicava diariamente entre o senado (era líder da maioria), a bolsa de valores, seu banco de investimentos, a escola de samba que presidia, sua empresa de lavar dinheiro e a sede da holding, de onde dirigia os latifúndios e as minas de ouro, ferro, manganês, nióbio e bauxita espalhadas pelo país.

Já a pobre mãe, sem nenhuma obrigação social, confinada à medíocre suíte-apartamento de 250 metros quadrados do hospital, tendo como único prazer atormentar os serviçais, ou seja, a criada de quarto, a cozinheira, a babá, o motorista e a chefe da criadagem, entrou em profunda depressão. 

Sem poder botar o nariz para fora, terminou morrendo de tédio, por ausência de admiradores e de paparicação.

Nem aí o maridão: casou de novo 15 dias depois do enterro com uma ex-miss 50 anos mais nova, fato noticiado fartamente em todos os veículos de fofoca. (Texto publicado na site do Jornal GGN em 23/07/2017, por por Sebastião Nunes).


Um grande abraço e bom domingo a todos.

Ari