O mundo globalizado de nossa geração, onde a comunicação e o
acesso à informação esta cada vez maior, nos proporciona algumas reflexões
específicas a respeito do nosso comportamento como pessoas esclarecidas e
cultas.
Se por um lado a disponibilidade de
informações, que na sua maioria é entregue a quem quiser utilizá-la de forma
gratuita, pode fazer com que uma enorme multidão possa ser beneficiada pelo
“saber constante”, com grande qualidade e em quantidade, por outro lado também
nos possibilita o aprendizado de forma isolada, sem a preocupação do
relacionamento mais íntimo ou formal e isso pode nos levar àquilo que os
diversos autores e estudiosos classificam como "cyber autismo" ou “ciberautismo”.
Este isolamento, embora com a interação
com milhões de outras pessoas, vistas somente através do teclado, pode nos
proporcionar momentos de intensa introspecção, que não pode ser classificado
como a verdadeira e doentia expressão “autismo”, visto que aquela não é
ocasionada pelo simples fato de estarmos sós, mas sim, por outros fatores
(genéticos inclusive) e que não são proporcionados pelas pessoas que nos
rodeiam ou interagem conosco.
O autismo coletivo ou cibernético pode
ser descrito de uma forma mais branda que a doentia, embora ainda estarmos no
limiar da era cibernética, o que só com o tempo poderá ser melhor estudado e
analisado. O importante é estar conectado.
Estar conectado significa hoje em dia
ter acesso à informação de forma imediata, com qualidade, em quantidade
suficiente e com responsabilidade, porque assim poderemos obter vantagem de
aprendizado que as gerações anteriores não tiveram. Cabe a nós buscar as
orientações necessárias para tirar proveito disso tudo, estabelecendo regras e
condições para um bom desempenho social, profissional e familiar.
Podemos alcançar estes objetivos
utilizando a própria rede para fazer os esclarecimentos necessários de forma
a não sermos todos "autistas doentios”.
Um grande
abraço a todos.
Ari
(Texto produzido com base no artigo "Autismo Coletivo"