Quando exerci a função de Secretário Municipal de
Finanças de Fraiburgo, uma das minhas realizações foi o de instituir o prêmio
"Os Mais Mais da Economia Fraiburguense", que seria entregue publicamente aos vencedores, em noite de gala, na presença das lideranças locais e da sociedade em geral.
Com o apoio irrestrito do então Prefeito Sebastião Andrade dos Santos, o prêmio contemplava as 3 maiores economias desenvolvidas no município pelo comércio, indústria, empresas agrícolas, empresas prestadoras de serviços dentre outras e se tratava de uma singela menção honrosa (diploma nominal), às empresas que mais contribuíam na
formação do "Índice do Movimento Econômico Municipal", base para o
retorno da parcela correspondente aos impostos
arrecadados para o Estado de Santa Catarina, ao município de Fraiburgo.
Fraiburgo
girava em torno da cultura da MAÇÃ.
Na solenidade de entrega dos prêmios, em meu discurso, enumerei vários aspectos sobre a importância desta cultura para
todos nós que, além do aspecto econômico, levava o nome de Fraiburgo para todo
o mundo.
Convicto de que crises ocorrem e que culminam em
graves distúrbios econômicos e de crescimento, alertei à
sociedade fraiburguense sobre a necessidade de se iniciarem estudos visando a
criar condições para implantar, no município, uma segunda alternativa econômica, de modo a permitir ao povo fraiburguense crescimento constante e duradouro.
Tão logo terminei minha fala, fui abordado, de forma
dura e rude, por um empresário local, me chamando a atenção de que eu tinha por
obrigação incentivar a cultura da maçã e "não ficar pensando em trazer
outra atividade econômica para o município".
Passados quase 35 anos daquele evento, o tempo vem
mostrando à aquele empresário e ao povo fraiburguense, que precisaríamos ter agido.
Hoje a maçã não é mais a nossa atividade principal e o município não se
preparou adequadamente para substituí-la ou, pelo menos, ainda te-la como um
importante fator gerador de empregabilidade e renda.
Um grande abraço a todos.
Ari