FRAIBURGO

02 julho 2021

Curso de Direito: chegou o grande dia

Hoje cumpri o meu último compromisso acadêmico na primeira turma do curso de Direito da Uniarp, campus de Fraiburgo, restando um misto de alegria e tristeza ao mesmo tempo. Alegria pela missão cumprida. Tristeza pelo distanciamento natural que acontecerá a partir de amanhã, de todos os colegas, funcionários e professores da Instituição.

Foi na Fearpe, embrião da hoje Uniarp, que iniciei meus estudos no curso de administração do campus de Caçador-SC em 1976.

Naquela época eu era muito jovem, possuindo muita vontade de realizar todos os sonhos, aprender uma profissão de ponta, ganhar muuuuuito dinheiro e mudar o mundo.

Passados esses 45 anos, muitas coisas aconteceram na minha vida. Tive a honra de assumir, por 2 vezes, a Secretaria Municipal de Administração e Finanças de nosso município e, na primeira investidura, participar ativamente na doação do terreno e das instalações então existentes, além de assinar o cheque no valor de 70 mil “dinheiros”, determinantes na vinda e na consolidação da universidade aqui em Fraiburgo, através da Uniarp.

Era a concretização de um sonho do saudoso Pe Biagio Simonetti, que sempre atento, já previa a necessidade de formar novos professores com o objetivo de atender a população escolar cada vez maior de nossa cidade e região.

Mais tarde, já mais maduro, tive o prazer de ser seu conselheiro da Instituição, trabalhando especialmente para a implantação do seu campus universitário de Canoinhas-SC.

Aquela primeira faculdade foi para mim, a porta de entrada para um mundo novo, que até então eu não conhecia, descobrindo de imediato que nela havia a vontade contínua de buscar o conhecimento e através dele pleitear os meios necessários para o crescimento pessoal e de toda a comunidade.

Foi nesse ambiente que tive as primeiras noções de organização, com os ensinamentos técnicos recebidos dos dedicados professores Beber, Martinello, Dr. Taytalo e Dra. Tereza, bem como o envolvimento nos primeiros ensinamentos das noções e teorias políticas, sempre ministrados pelo hoje Senador Esperidião Amin e pelo seu amigo pessoal e hoje ex-Governador Raimundo Colombo, que como eu, eram jovens em busca de um ideal e que é através da política que as coisas acontecem.

Como estudante de Direito, agora já com a idade avançada e, portanto, bem mais maduro, meus sonhos são outros, minha vontade de mudar o mundo tem outro enfoque, entendendo que ainda é possível contribuir para assim o fazê-lo, sempre em busca do engrandecimento comunitário. Aprendi o que é justiça e como ela se processa. Aprendi que a ciência jurídica é milenar e é através dela que a humanidade consegue se organizar e praticar aquilo que é “certo”, aquilo que é “verdadeiro” e que onde houver ignorância jurídica haverá o subdesenvolvimento social.

Da mesma forma que lembro dos professores da primeira faculdade, quero levar comigo a lembrança dos atuais professores, representados pelo Coordenador do Curso de Direito da Uniarp, do Campus de Fraiburgo, Dr. Me. Aldair Marcondes, e pela minha Orientadora Dra. Me. Jociane Machiavelli, que com a sua dedicação e carinho diários, proporcionaram a todos nós, um bom aprendizado.

Também aos colegas que comigo concluíram este curso, quero deixar registrado o meu carinho, o meu respeito e o meu muito obrigado: Adilson Dalanhol, Antonio Luciano Ceron, Aydur Balvedi, Aline Silveira, Dalton Farias, Lillian Vieceli, Maria Darlei Mafioletti, Nathiara Borges, Bruno Lorenci, Sônia Moreira, Paulo Sérgio Kasper, Luiz Carlos Ferreira de Deus, Simone Morsoleto Primon, Jean Bottcher, Larissa Goes, Jackson Pontes, Nilce Pinz, Franciely Macedo, Giulia Maciel, Deimison Melo,nLiceia Rinaldi Ramos, Marcos Perondi, Renan Antunes, Nelson Albino Lopes, Ruthnéia Fritzen, Matheus Camargo, Sonia Friebnel, Mariana Kokovicz, Karine Ribeiro, Jeniffer Elícia Inácio, Gabriela Lopes e Vinicius Antunes. 

Um muito obrigado especial a Lucas Marini Alexandre e Marco Hideaki Nagano, parceiros e companheiros diários destes últimos 5 anos.

Finalmente, à minha família, meu carinho e todo o meu amor, por ficarem privados da minha presença nas noites desse período todo, ficando aqui, de público, a minha promessa de que a partir de amanhã, estarei ao lado de vocês, calçando pantufa e vestindo meu pijama (de bolinhas).

Abração a todos. Se cuidem.

Ari

29 março 2021

Origem do Termo Genocídio!

 Me permito a liberdade de tomar emprestado texto publicado no Facebook e escrito pelo renomado Professor Leandro Karnal, para disseminar a compreensão do termo genocídio.

Violência é inerente à espécie humana. E genocídio? O termo tem data de nascimento: 1944. O autor foi um advogado de ascendência judaica, Raphael Lemkin (1900-1959), emigrado para os EUA. O advogado juntou o termo grego GENOS (família, tribo, raça) e o latino CIDIUM (o que mata). A palavra apareceu no livro sobre o governo do eixo na Europa ocupada: Axis Rule in Occupied Europe.

No livro, o autor define genocídio como o  empreendido   pelos  nazistas para destruir  cultura,  linguagem,  sentimentos  nacionais,  religião  etc.  algo  que inclui, mas não se encerra na eliminação de pessoas.

Importante: nunca é uma violência sobre um indivíduo apenas, mas contra um grupo inteiro e não apenas contra a existência física do grupo, todavia da eliminação da dignidade, economia, identidade e valores culturais do grupo. Assim, o simples ato de matar um ou vários seres não é suficiente para o conceito. Todo genocídio envolveu massacre, nem todo massacre é genocídio.

No genocídio, a violência simbólica se dirige ao grupo e a violência concreta aos indivíduos. Os genocídios envolvem ataques simbólicos e assassinatos concretos. Assim, respondemos a uma questão inicial: de onde vem o termo? Faltam várias outras questões.

Boa semana e grande abraço a todos. Se cuidem!

Ari