Me permito a liberdade de tomar emprestado texto publicado no Facebook e escrito pelo renomado Professor Leandro Karnal, para disseminar a compreensão do termo genocídio.
Violência é
inerente à espécie humana. E genocídio? O termo tem data de nascimento: 1944. O
autor foi um advogado de ascendência judaica, Raphael Lemkin (1900-1959),
emigrado para os EUA. O advogado juntou o termo grego GENOS (família, tribo, raça)
e o latino CIDIUM (o que mata). A palavra apareceu no livro sobre o governo do
eixo na Europa ocupada: Axis Rule in Occupied Europe.
No livro, o autor define genocídio como o empreendido pelos nazistas para destruir cultura, linguagem, sentimentos nacionais, religião etc. algo que inclui, mas não se encerra na eliminação de pessoas.
Importante:
nunca é uma violência sobre um indivíduo apenas, mas contra um grupo inteiro e
não apenas contra a existência física do grupo, todavia da eliminação da
dignidade, economia, identidade e valores culturais do grupo. Assim, o simples
ato de matar um ou vários seres não é suficiente para o conceito. Todo
genocídio envolveu massacre, nem todo massacre é genocídio.
No
genocídio, a violência simbólica se dirige ao grupo e a violência concreta aos
indivíduos. Os genocídios envolvem ataques simbólicos e assassinatos concretos.
Assim, respondemos a uma questão inicial: de onde vem o termo? Faltam várias
outras questões.
Boa semana e grande abraço a todos. Se cuidem!
Ari