Com um pé na religião e outro na
ciência, ele dizia: “Desejo mostrar ao mundo que a Igreja Católica não é
inimiga da ciência e do progresso humano”. Não foi o suficiente para evitar
que, quando exercia o sacerdócio em Campinas, no interior de São Paulo, entre
1894 e 1896, um grupo de “fiéis” supersticiosos, acusando-o de ter parceria com
o diabo, invadisse o seu laboratório e destruísse tudo o que lá havia... os
primitivos aparelhos de radiocomunicação.
Em 16 de julho de 1899, reuniu empresários, cientistas e a imprensa em
São Paulo para que assistissem à pioneira transmissão de voz e sons musicais
por ondas de rádio. Esse evento extraordinário foi documentado por vários
jornais paulistas e cariocas.
E Guglielmo Marconi? O jovem cientista italiano já era famoso, mas sua
invenção, o telégrafo sem fio, de 1895, tinha uma enorme diferença em relação à
do padre-cientista: ele transmitia sinais em código Morse, e não a voz humana.
Padre Landell fez uma nova experiência wireless em 3 de junho de 1900,
ligando a colina de Santana, zona norte da capital, à Avenida Paulista: oito
quilômetros em linha reta. O cônsul britânico Percy Lupton assistiu à proeza,
ainda inédita em nível mundial, pois o físico canadense Reginald A. Fessenden
só faria algo semelhante em dezembro de 1900. No Canadá, ele é considerado o
inventor do rádio.
Em março de 1901, Padre Landell patenteou o rádio no Brasil, a primeira
patente do gênero no planeta. Além do rádio, quando vivia em Nova York, começou
a projetar a televisão e o telex. Gênio visionário, arquitetou a transmissão de
voz, imagens e textos por meio de ondas eletromagnéticas. Todos esses aparelhos
seriam inventados mais tarde por outros cientistas.
(Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/)
Grande abraço a todos.
Ari
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