Com quatro medidas legais, a classe
política poderia, se quisesse, aprimorar o desmoralizado processo político
brasileiro. São elas: 1. Fim das coligações partidárias, que hoje são
inaceitáveis. Transformaram os partidos em balcão de negócios. Ninguém indaga
quem e o que é, mas quanto vale. 2. Acabar com a reeleição. Eleitos, prefeitos,
governadores e presidentes já na posse só planejam e vivem em função da
reeleição. 3. Propaganda eleitoral gratuita sem produção. Candidato pode gravar
ou fazer ao vivo, mas sem recursos tecnológicos. Barateia a campanha e evita
manipulações; 4. Proibição de doações em dinheiro pelas empresas aos partidos e
candidatos. Só contribuições de pessoas físicas e com limites.
As eleições deste ano conseguem
deixar os eleitores ainda mais indignados. Acordos, negociatas, leilões de
cargos e recursos, troca de favores, num cassino nunca visto. Sepultaram
ideologias e fulminaram com o idealismo político.
Há dois anos, por exemplo, o governador Raimundo Colombo (PSD) bancou a candidatura de Cesar Souza Junior (PSD), em Florianópolis, para derrotar Gean Loureiro, candidato de Dário Berger, pelo PMDB. Trocaram escaramuças. Naquele ano também patrocinou a eleição de Adeliana Dal Pont para derrotar Djalma Berger (PMDB), irmão de Dário. Esta semana, abraçaram-se como réstea de cebola.
O PCdoB sempre foi aliado do PT.
Fechou com o PSD aqui. E coligou-se com Fernando Collor e Renan Calheiros em
Alagoas. Jorge Bornhausen, fundador do PFL, virou socialista, apoiando Eduardo
Campos. Colombo, afilhado de Bornhausen, é cabo eleitoral de Dilma. (Coluna de Moacir Pereira 06/07/2014).
Caro Moacir: Eu também estou indignado. Sou do tempo que isso que estão fazendo era inimaginável.
Abraços,
Ari
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