FRAIBURGO

19 dezembro 2013

Sobre o Lago das Araucárias

De tua história, és imponente;
Dos olhares simples, dos versos uma corrente;
Enfeita-se com seus próprios meios;
Traz-nos paralelos, de novos anseios;

Também sabes ser o autor;
Da vida do alimento, do torpor;
Da morte, que ceifa os imprudentes;
Dos que o desprezam, choram comoventes;

Anos longos sobre este domínio;
Causando em tantos olhares, todo o fascínio;
Mesmo que em ti despejem toda a ignomínia;
Continuas a banhar a cidadela, sem tirania; 

Dos caminhantes;
Que lhe prestam culto, como amantes;
Deixando seu tempo em ti;
Promovendo o alento para si;

Te dispersa sobre outros lugares;
Envereda-se para os mares;
Em longo caminho, enfeita outros ares;
Pois sobre ti, erguem-se até altares;

Ervas e galhos em seu leito caem;
Aves de rapina, que entram e saem;
Nobre ser caudaloso;
Delineando toda a terra, tão garboso;

Tua silhueta reforma a planície;
Deixando que arte lhe consumisse;
E mesmo a noite de estrelas brilhantes;
Sobre teu espelho, reflete a lua dos amantes;

Mas quantas flores ao seu redor;
Enfeitam vida ou morte? É causador?
Mas onde estão aquelas que o batismo lhe consome?

Pois bem sabe que de “araucária” ficaste só o nome.

Poesia de Adriano Gatti.

Um abraço a todos.
Ari

Nenhum comentário:

Postar um comentário