FRAIBURGO

25 agosto 2015

29 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Fumo

A conscientização de que fumar qualquer tipo de produto relacionado ao tabaco – cigarrilhas, cigarro, rapé, cachimbo, narguilé – aspirado,   mascado, ou qualquer outra forma de consumo, sem nenhuma exceção, são terrivelmente prejudiciais à saúde.

O Uso de Narguilé e a Iniciação ao Fumo.

O narguilé, também conhecido como cachimbo d’ água, shisha ou Hookah, é um dispositivo para fumar no qual o tabaco é aquecido e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. Por utilizar mecanismos de filtro, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde (MUKHERJEA et al., 2012). Contudo, a literatura revela que o seu uso é mais prejudicial que o de cigarros (O`CONNOR, 2011; RIVAS LOPEZ et al., 2012).


Segundo o WHO Study Group on Tobacco Product Regulation (2005), uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição dos componentes tóxicos presentes na fumaça de aproximadamente 100 cigarros.

Com base na evidência científica disponível, o uso de narguilé foi significativamente associado ao desenvolvimento de câncer de pulmão, doenças respiratórias, coronarianas, doença periodontal e ao baixo peso ao nascer (AKL et al., 2010), além de câncer de boca, bexiga e leucemia. Possibilita ainda a exposição a doses suficientes de nicotina que causam dependência (WHO 2015).

Estudos também apontaram que o uso de narguilé, após 45 minutos de sessão, acarreta elevação das concentrações plasmáticas de nicotina, de monóxido de carbono expirado e dos batimentos cardíacos. Ocorre também maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio. Entretanto, os riscos do uso do narguilé não estão somente relacionados ao tabaco, mas também a doenças infectocontagiosas: o hábito de compartilhar o bucal entre os usuários pode resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose. (Fonte: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/Ministério da Saúde).

Os pneumologistas Douglas Bettcher e Ricardo Meirelles, afirmam que por ser “filtrada”, a fumaça aspirada dá a falsa sensação ao usuário de que ela é mais pura do que a do cigarro normal, mas é só ilusão. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, além da fumaça vir carregada com mais de 4 mil substâncias tóxicas (que também estão presentes no cigarro comum), possui concentrações muito superiores de nicotina, monóxido de carbono, metais pesados e substâncias cancerígenas. (Fonte: Inca).

Já a OMS defende a necessidade de conscientizar a população de que todos os produtos relacionados ao tabaco são altamente viciadores e prejudiciais para a saúde. "O problema desses produtos é que as pessoas não os conhecem bem”.  (Fonte: Agência EFE).

Para quem não acredita na malignidade do tabaco, basta visitar qualquer hospital do nosso país. Em todos eles você encontrará doentes terminais que estão em condições desesperadoras, sem condições de respirar por si sós, cuja sobrevivência já não tem mais condições de ser levada adiante. Isso tudo causado pelo consumo do tabaco.

Pensemos profundamente nisso.

Um grande abraço a todos

Ari

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