FRAIBURGO

30 dezembro 2015

Quem Foi Antonieta de Barros?

Antonieta de Barros foi professora, dirigente escolar, jornalista, escritora e política. Uma mulher excepcional, à frente de seu tempo, que rompeu muitas barreiras e conquistou espaços inusitados para as mulheres, principalmente, as negras.

Antonieta de Barros (Foto: Portal Paulinas)
Através de suas crônicas, Antonieta de Barros veiculava suas ideias ligadas às questões da educação, aos desmandos políticos, a condição feminina e o preconceito racial. Destacou-se, também, pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão.

Honesta, enérgica e humana, era respeitada e admirada por seu espírito de justiça. Notabilizou-se por ter sido a primeira deputada estadual negra do país e a primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina.

Tanto em vida quanto após sua morte, em 1952, recebeu diversas homenagens. Atualmente, é nome de uma comenda, a Medalha Antonieta de Barros, dirigida as mulheres que prestaram relevantes serviços em defesa dos diretos da mulher catarinense. Também é nome do principal auditório da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina e do túnel que liga as regiões central e sul da ilha de Santa Catarina, além de diversas ruas e escolas.

História

Antonieta de Barros nasceu em 11 de julho de 1901, em Florianópolis. Filha de uma família muito pobre, formada pelo casal Rodolfo de Barros e Catarina, ainda jovem ficou órfã de pai, sendo criada pela mãe.

Aos 17 anos ingressou na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921. Já no ano seguinte, fundou o curso particular “Antonieta de Barros”, com o objetivo de combater o analfabetismo em populações carentes, o qual dirigiu até sua morte. Lecionou, também, no Colégio Coração de Jesus, na Escola Normal Catarinense e no Colégio Dias Velho.

A partir da década de 1920, enveredou pela literatura e jornalismo, sob o pseudônimo de Maria da Ilha. Criou e dirigiu o jornal “A Semana”, contribuiu, também, com artigos para os jornais “O Estado” e “República”. Em 1930, passou a dirigir a revista quinzenal “Vida Ilhoa” e, mais tarde, escreveu o livro “Farrapos de Ideias”.

Iniciou sua vida política em 1931. Em 1935 foi eleita deputada, pelo Partido Liberal Catarinense, à Assembleia Estadual Constituinte. No Congresso, foi relatora do Capítulo “Educação e Cultura” e “Funcionalismo”. Atuou na assembleia legislativa catarinense até 1937, quando teve início a ditadura do Estado Novo.

Com a queda do Estado Novo e inicio da redemocratização, foi também a primeira mulher a participar do Legislativo Estadual de Santa Catarina, sendo eleita suplente do  Partido Social Democrático (PSD), assumindo definitivamente a vaga, em 1947. Cumpriu seu mandato até 1951.

Faleceu em Florianópolis em 28 de março de 1952, tendo sido sepultada no cemitério municipal São Francisco de Assis, no bairro Itacorubi. (Fonte: http://www.guiafloripa.com.br/).


Um grande agraço a todos.

Ari

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