Demora na pronúncia das primeiras
palavras ou no desenvolvimento da linguagem são alguns dos sinais.
Apesar da melhora dos índices de
sobrevivência de crianças prematuras (com menos de 37 semanas) nos últimos
tempos, as taxas de dificuldades de desenvolvimento continuam altas. Algumas
delas, mesmo na ausência de lesões cerebrais, podem apresentar conseqüências
negativas em diversos aspectos importantes do desenvolvimento do bebê,
inclusive na linguagem.
O que os pais vão observar primeiro
e com mais facilidade é o atraso na aquisição das primeiras palavras, que deve
ocorrer, em média, por volta de 1 ano e 2 meses.
E essa teoria foi reforçada
recentemente por um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da USP que
analisou algumas crianças recém-nascidas e observou que 55,6% dos bebês
prematuros que estavam sendo acompanhados apresentavam algum tipo de
alteração de linguagem contra apenas 18% do grupo de crianças que nasceram no
período correto.
Para chegar a esse resultado, Telma
Monteiro Luperi, fonoaudióloga e autora dessa tese de doutorado realizada na
universidade, selecionou, com sua equipe, vários pacientes com histórico de
prematuridade até 36 semanas de gestação e até 2,5kg de peso de nascimento.
Também foram selecionados outros
dois conjunto de crianças de 2 a 6 anos de idade. Um com indivíduos com alguma
Alteração Específica de Linguagem (AEL) e outro (grupo controle) de
desenvolvimento normal. Todos foram testados individualmente em sessões de 20
minutos em uma sala privada. A partir daí as comparações e os resultados
puderam ser avaliados.
Primeiros Sinais
Segundo a especialista, o que os pais vão observar primeiro e com mais
facilidade é o atraso na aquisição das primeiras palavras, que deve ocorrer, em
média, por volta de 1 ano e 2 meses.
“Outra alteração que pode ser
percebida é a demora na expansão do repertório de palavras, ou seja, a
criança começa a falar as primeiras, mas o aprendizado das novas palavras é
mais lento, se comparadas às crianças da mesma idade”, diz Telma.
Diagnóstico Precoce
No entanto, a intervenção precoce de um profissional nesses casos pode reduzir
ou eliminar esses atrasos no desenvolvimento da linguagem, por isso, a
importância do estudo de Telma.
“Além disso, as chances de uma
criança que apresenta apenas um atraso na aquisição da linguagem normalizar o
desempenho de linguagem são muito maiores do que as crianças que apresentam
alterações mais complexas, associadas, por exemplo, à uma lesão cerebral. Por
isso, a identificação precoce nesses casos seria, sem dúvida, um diferencial”,
diz a especialista.
Resumindo, é recomendado que todo bebê prematuro receba o acompanhamento de um profissional desde o nascimento. “É o atendimento especializado que garante eficiência no tratamento e melhor prognóstico”, diz Telma. (Claudério Agusto/Agência Beta).
Um grande abraço a todos
Ari
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