Após quatro anos de espera, o Estatuto do Nascituro (PL
478/07) volta a tramitar na Câmara dos Deputados e chega agora até a Comissão
de Defesa dos Direitos da Mulher, tendo como relator o deputado federal Diego
Garcia (PHS-PR). Garcia é conhecido por seu engajamento em questões de defesa
da família e da vida, sendo previsível, portanto, que relatório final será pela
aprovação do projeto.
A comissão irá analisar agora o texto do projeto, o texto dos
projetos apensados, o texto substitutivo aprovado na Comissão de Seguridade
Social e Família, de 2010, e uma emenda apresentada pela Comissão de Finanças e
Tributação, em 2013. A partir disso, se aprovado, o projeto seguirá para a
Comissão de Constituição e Justiça e, por fim, segue para o Plenário.
O próprio Garcia já declarou que considera urgente a votação
do projeto, já que ele tramita há 10 anos na casa. Outro agravante são as
recentes afrontas ao direito do nascituro. O PL 478/07 diz que o
nascituro adquire personalidade jurídica ao nascer com vida, mas que a sua
natureza humana é reconhecida desde a concepção e isso lhe confere a proteção
jurídica, por meio do estatuto, da lei civil e penal.
As características propostas pelo estatuto asseguram ao
nascituro o direito à vida, à saúde, ao desenvolvimento, à alimentação, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à família. O texto também indica que o
bebê em gestação deve ser colocado à salvo de qualquer tipo de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, e determina que o
nascituro deva ser destinatário de políticas sociais que permitam seu
desenvolvimento sadio e harmonioso, e o seu nascimento, em condições dignas de
existência.
O projeto de lei já foi alvo de campanhas de difamação quando
tramitou em outras comissões. Em 2013, ano em que o texto com alterações foi
aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação, grupos em defesa da
legalização do aborto organizaram manifestações na mídia e nas redes sociais
para espalhar o boato de que o projeto criaria o que foi chamado de “Bolsa
Estupro”, vinculando-o à violência sexual. A estratégia, contudo, usava trechos
distorcidos de uma primeira versão do texto, descartada logo no início da
tramitação e que não foi a versão aprovada nas duas comissões pelas quais o
texto já passou. (Fonte: Angélica Fravreto - http://www.semprefamilia.com.br/).
Um grande abraço a todos.
Ari
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