Hoje publico a matéria "Chega de notícias ruins", de 12/11/2015, escrita pelo jornalista Sidney
Rezende e que ocasionou a sua demissão sumária da GloboNews.
Preciso concordar em grande parte com o que ali está escrito e quero
acrescentar que: o Brasil é muito maior do que muito de escreve sobre "crise" pois a cada minuto o povo BRASILEIRO, com a sua determinação e garra, produz fatos e notícias boas.
"Em todos os lugares que compareço
para realizar minhas palestras, eu sou questionado: "Por que vocês da
imprensa só dão 'notícia ruim'?"
O questionamento por si só, tantas
vezes repetido, e em lugares tão diferentes no território nacional, já deveria
ser motivo de profunda reflexão por nossa categoria. Não serve a resposta
padrão de que "é o que temos para hoje". Não é verdade. Há cinismo no
jornalismo, também. Embora achemos que isto só exista na profissão dos outros.
Os médicos se acham deuses. Nós temos
certeza!
Há uma má vontade dos colegas que se
especializaram em política e economia. A obsessão em ver no Governo o demônio,
a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a
sociedade e engessando o setor produtivo.
O "ministro" Delfim Netto,
um dos mais bem humorados frasistas do Brasil, disse há poucas semanas que
todos estamos tão focados em sermos "líquidos" que acabaremos
"morrendo afogados". Ele está certo.
Outro dia, Delfim estava com o braço
na tipoia e eu perguntei: "o que houve?". Ele respondeu: "está
cada vez mais difícil defender o governo".
Uma trupe de jornalistas parece tão
certa de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff é o único caminho
possível para a redenção nacional que se esquece do nosso dever principal, que
é noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o
real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior. Essa turma tem
suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também.
O Governo acumula trapalhadas e elas
precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos
também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós,
jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do
dever.
Se pesquisarmos a quantidade de
boçalidades escritas por jornalistas e "soluções" que quando adotadas
deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do
Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.
Reconheço a importância dos
comentaristas. Tudo bem que escrevam e digam o que pensam. Mas nem por isso
devem cultivar a "má vontade" e o "ódio" como princípio do
seu trabalho. Tem um grupo grande que, para ser aceito, simplesmente se
inscreve na "igrejinha", ganha carteirinha da banda de música e passa
a rezar na mesma cartilha. Todos iguaizinhos.
Certa vez, um homem público disse
sobre a imprensa: "será que não tem uma noticiazinha de nada que seja boa?
Será que ninguém neste país fez nada de bom hoje?". Se depender da
imprensa brasileira, está muito difícil achar algo positivo. A má vontade reina
na pátria.
É hora de mudar. O povo já percebeu
que esta "nossa vibe" é só nossa e das forças que ganham dinheiro e
querem mais poder no Brasil. Não temos compromisso com o governo anterior, com
este e nem com o próximo. Temos responsabilidade diante da nação.
Nós devemos defender princípios
permanentes e não transitórios.
Para não perder viagem: por que a
gente não dá também notícias boas?”
Chega de pessimismo e boa semana a todos.
Ari
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