Como parte do Programa Experimental de Estocagem de Peixes
das Usinas Hidrelétrica de Itá e de Machadinho, foi realizada a soltura de 9,5
mil peixes, juvenis e adultos. O Programa faz parte de uma parceria entre
Epagri - Estação Experimental de Caçador e Universidade Federal de Santa
Catarina, através do Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce
(UFSC/LAPAD).
A soltura foi realizada no dia 19 de outubro de 2017 no
Balneário de Marcelino Ramos (reservatório da Usina Hidrelétrica de Itá) e no
Centro de Referência em desenvolvimento Sustentável (CRDS), em Piratuba
(reservatório da Usina Hidrelétrica de Machadinho).
Além dos pesquisadores da Epagri e da UFSC envolvidos no
programa, estavam presentes no local os Gerentes das Usinas de Itá e de
Machadinho, bombeiro local, entidades ligadas ao meio ambiente, alunos de
escolas públicas da região, professores e extensionistas locais.
Foram soltos seis mil juvenis de piavas e três mil juvenis de
grumatãos nos lagos de Machadinho e Itá e 50 peixes adultos de suruvi no lago
de Itá.
A espécie piava foi produzida na Unidade de Piscicultura da
Estação Experimental de Caçador, sob a coordenação dos pesquisadores, biólogo
Raphael de Leão Serafini e do médico veterinário Álvaro Graeff, a partir da
reprodução de indivíduos da primeira geração de matrizes selvagens capturados
no alto rio Uruguai.
As demais espécies foram produzidas também a partir de
matrizes selvagens no Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce
(LAPAD/UFSC) sobre a coordenação dos professores Evoy Zaniboni Filho e Alex
Pires de Oliveira Nuñer.
Segundo o pesquisador Raphael, todos os indivíduos soltos
receberam uma marcação química que produz uma marca fluorescente nas estruturas
ósseas (raios das nadadeiras, etc) visível sob microscópio, permitindo o
acompanhamento dos resultados dessa soltura através da recaptura dos indivíduos
soltos.
“Os peixes recapturados podem ser consumidos, porém para o
acompanhamento da pesquisa é importante que algumas estruturas desses peixes
sejam guardadas, juntamente com os dados da data e local da captura”, afirma
Raphael. “Pode ser apenas um pedaço de nadadeira, que deve ser armazenado no
freezer ou congelador para que posteriormente seja recolhido pela equipe de
pesquisa e analisado”, conclui.
Para o gerente da Epagri, Renato Vieira, além do programa ter
um apelo educativo-ambiental, garantirá também a sobrevivência de espécies em
processo de extinção, como o suruvi. “Além disso, deve contribuir para
garantir, a médio e longo prazo, a recomposição das populações dessas espécies
nativas na bacia do rio Uruguai”. (Fonte:Caçador Online - http://www.cacador.net).
Um grande abraço a todos
Ari
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